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Estrada Nacional 2, Chaves a Faro, 21 a 24 de Abril de 2012

Ricky Rock

New Member
Este era um projecto na gaveta à uns 2 anos. Ainda antes do Inverno começar, decidi que seria esta primavera, e lancei o desafio aos amigos e a quem mais se quisesse juntar. O desafio de atravessar Portugal de Norte a Sul, sempre pelo seu centro era muito aliciante, e iria passar em localidades e regiões que nunca tinha visitado.
O plano A, era levar o menor numero de tralhas possível, visto ser uma travessia em autonomia, e a minha 1ª em bicla de estrada. Iria dormir-se em pensões e residênciais manhosas, com 4 etapas mais ou menos pré definidas. A ida para Chaves seria de autocarro, e o regresso a Lisboa seria no transporte que existisse à chegada.
O plano B, não existia. Tudo o que corre-se menos bem, seria mais um pouco de aventura, mais um pouco de adrenalina e mais um pouco de inesperado, a juntar às doses industriais que esta travessia só por si já acumulava.
O Inverno foi seco e frio, o que permitiu ir mantendo umas pedalas de vez em quando, sobretudo em BTT, para que não me desse a macacoa da Estrada na altura da travessia. O que ninguém esperáva é que depois de uma seca daquelas, Abril viesse chuvoso e frio, fazendo com que fosse necessário transportar um pouco mais de roupa, e ao mesmo tempo deixa-se por terra muitos daqueles que colocaram o dedo no ar para a Travessia, e depois por ouvirem falar nuns pingos, deixaram-se ficar por casa.
Assim depois da bike embalada, para não sofrer muito no transporte de autocarro, lá parti para a Gare do Oriente, onde a Auto Viação do Tâmega, me iria levar até Chaves, junto com o Jorge e o Filipe.

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A viagem foi sempre feita a 100km/h, fosse em AE, fosse no IP3, fosse nas inumeras curvas da N2 entre Vila Pouca de Aguiar e Chaves, o que me provocou uma enorme carga de adrenalina, e alguns tremores aos menos experientes nestas experiências de autocarro.

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Ao fim de pouco mais de 5h30, por volta das 23h40 estávamos em Chaves, onde já nos aguardava o Carlos na estação, que se tinha deslocado de autocarro durante o dia inteiro, desde Portimão até Chaves (grande empeno!). Bikes desembaladas, e lá partimos em busca da residêncial, onde já roncava o Serrano e o Malheiro, que tinham chegado da parte da tarde, depois foi ó ó e caminha, que o ínicio estava perto.

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E depois de um belo pequeno almoço na Residência das Termas, lá partimos em busca do Marco 0.

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E dava-se inicio do 1º dia da Travessia, onde iriamos tentar chegar a Viseu.

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Ricky Rock

New Member
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O dia tinha começado seco, mas coberto de nuvens, que rápidamente se transformaram em chuva miuda, e posteriormente em chuva mais grossa. Para ajudar o vento frontal foi uma constante. Mas como já havia dito anteriormente, quanto mais dificuldades, mais mítico e memorável se tornava o desafio.
Assim até à Régua andámos sempre com piso molhado, e água fresca na cara.

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Ricky Rock

New Member
Na Régua fizémos a paragem para o almoço, estávamos cansados do vento e da chuva, mas a paisagem, com a passagem no Vimieiro, Pedras Salgadas, e toda a zona de vinhas, que envolve o Douro até chegar à Régua, deixava-nos com água na boca para o que se seguia.

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Seguiu-se Lamego e Vila Real, e depois vinha a maior dificuldade do dia, subir até aos 980mt, numa subida interminável, com a ajuda do vento a puxar-nos para trás. Lá em cima um nevoeiro serrado esperáva-nos.

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Depois seria a descida para Castro Daire, e já cheirava a Viseu.

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Onde chegá-mos por volta das 19h, e acabámos por dormir na Residência Bela Vista, mesmo no centro. Depois de um jantar bem servido, e uma passagem pelo centro da cidade na companhia do Xavier, fui descansar que o dia seguinte estava previsto ser o mais complicado.
 
Espero que continues a escrever.....:D

Para já relembrei dois pontos que já passei na fininha. De Chaves até Vila Pouca e numa rotunda com um barril de vinho em Santa Marta de Penaguião aquando do passeio aqui do forum!
Só eu e o Cancellara é que o vimos :D

Continuando então...
 

trepadores da Figueira

Well-Known Member
Olá da minha para-te quero a agradecer a vocês (FILPE / BRUNO/ SERRANO / JORGE / RICARDO por me terem proporcionado 4 dias magníficos por esse Portugal a baixo.
Aqui vai as minhas fotos:

 

fuzo

New Member
Parabens a todos o que efetuaram esta epopoeia.................pois com este relato mostra o verdadeiro "espirito" deste forum

uma vez mais parabens e tudo de bom e venham mais destas :):):):):):):):):):):):)
 

Ricky Rock

New Member
Depois de um jantar bem regado, com meia de Muralhas, um digestivo no centro histórico de Viseu e uma noite bem dormida, lá partimos para o 2º dia. À partida da Residêncial Bela Vista esperáva-nos o Xavier, que nos iria fazer companhia de Viseu a Santa Comba Dão, trajecto em que a EN2 está completamente esquecida, pois mesmo ao lado existe o IP3.

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Em Santa Comba Dão, deixámos o Xavier e também a EN2, que foi comida pelo IP3 e pela Barragem da Aguieira. Assim optámos por seguir para Arganil, onde com so companheiros que segui, o Filipe e o Jorge, fizémos a paragem rápida para o Almoço na Pastelaria Gonçalves & Brandão, onde fomos muito bem recebidos e tivémos direito a Pastel de Nata e Café por conta da casa.

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Depois de Arganil seguimos para Gois, onde voltámos a encontrar a EN2, e se as dificuldades do dia que até ai, apenas tinham sido causadas pelo jantar bem regado do dia anterior, as coisas iam se complicar mais.

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Ricky Rock

New Member
A meio da subida depois de Gois, soubémos por mensagem que os restantes 3 estavam em Gois a almoçar, mais tarde soubémos que de faca e garfo, e prato CHEIO! Será que o copo também foi cheio? é que depois disto perderam-se da EN2, e andaram a passear pelas montanhas do centro.
Nós fomos seguindo, e a paisagem da EN2 é simplesmente Brutal, subimos, subimos e subimos, mas depois foram km a descer num carrossel fantabulástico.

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Depois veio a Picha e a Venda da Gaita, mas o dia estava a ser muito comprido, e no Pedrogão perto do Vasco da Gama, devido ao atraso dos restantes optámos por fazer um outro pitstop na Sertã, e ficar a dormir em Vila de Rei, onde se encontrava o Centro Geodésico de Portugal, e assim ficávamos exactamente com metade do caminho para fazer nos restantes dois dias.

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Na Sertã junto do Fogueteiro que nos encontrou por acaso, soubémos que os outros 3, andavam em Penela!!! Lá lhes indicámos a melhor opção para retomarem a EN2, e seguimos.
Já depois da Sertã, foi sempre a subir até Vila de Rei.

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Depois de encontrado o local para dormir, na Algergaria D.Diniz mesmo à entrada de Vila de Rei, veio o merecido banho e um jantar muito bom na mesma Albergaria. Mais tarde viémos a saber que o Malheiro tinha tido um problema mecânico, e foi acionado o plano de emergência para o resgatar de um qualquer ataque de algum chupa cabras.

Já durante o jantar, chegou a Albergaria o Serrano, mais para trás viria o Carlos, e ainda mais atrás e abandonado na Serra estaria o Malheiro. O Malheiro e o seu carro vassoura acabaram por resgatar da escuridão o Carlos, a pouco mais de 5km de Vila de Rei.

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Os dados da etapa foram:

Viseu-Vila de Rei
169,97km
3050 ac
7h47
 

fonsecarlos

New Member
Muito bom!
Fantastica aventura, bela reportagem.


Reconheci muitos dos locais das fotos. Fiz esta estrada há umas semanas também em duas rodas mas com motor.


Ficamos a espera de mais.
Parabéns.



PS. Uma pergunta para o Carlos Franco. Qual a marca da base para carga utilizada na bicicleta? Os suportes laterais fazem parte do conjunto?
 

osicran

New Member
Um país para atravessar, o S. Pedro a fazer caretas :mad:e ainda tiveram tempo para ir fixando para a posteridade...:) Não é para todos, uff!!!:p Parabéns pela coragem, uma aventura assim não é para todos!
 

saurio33

Member
Grande aventura. E com o tempo que tem estado, é preciso muita coragem (e uma boa dose de loucura :) ). É um Portugal de Lés a Lés mas de bicicleta! Parabéns!
 
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