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Covid-19

jpacheco

Well-Known Member
na primeira bateria de testes chegaram à conclusão que a eficácia em idosos, que será o público alvo, reduzia imenso.
Confesso que não li estudo nenhum, só ouvi os títulos do jornal, o resto é o que se aprende em casa. Espero bem que sim. Seria um boa ajuda importante!

Veja-se o caso do sarampo em Portugal que desapareceu durante bastante tempo.
O virus do Sarampo não desapareceu, o que acontece é que temos resposta imunológica que vem até dos progenitores (era bom que com o tempo os nossos filhos já nascessem assim em relação ao sars cov).

Não me parece que o virus sarscov2 esteja estabilizado e que não vá sofrer alterações no seu RNA. Este virus, assim como alguns da gripe, podem sofrer ligeiras mutações. As próprias vacinas da gripe são anualmente refeitas com as doses daquilo que se sabe quais serão os virus mais persistentes desse ano. Como há tantos virus, não se consegue fazer uma vacina tão ampla. Já aí estamos abertos a apanhar um que não esteja contemplado na vacina. Depois disso, tens as mutações, mudança do RNA do virus, fazendo que as respostas imunulogicas não sejam tão eficazes.
 

cconst

Well-Known Member
@jpacheco tanto quanto sei, Portugal é livre do virus do sarampo (não circula de forma endémica). A esmagadora maioria dos casos, são comprovadamente importados. Independentemente se sermos ou não vacinados. O virus não circula na nossa comunidade. E é para isso que serve a vacina (e foi o que quis transmitir).

Nos últimos dois anos, Portugal, com estatuto de eliminação do sarampo, conferido pela Organização Mundial da Saúde, desde 2015, tem registado alguns surtos, com origem em casos importados que foram rapidamente controlados.
retirado daqui.

Mais: se um virus não circula de forma endémica, a população não vacinada está "segura". Aliás, o pessoal anti-vacinas (no qual não me incluo) usa este argumento para não se vacinar (nem aos seus filhos). "Ah e tal, o virus não circula, não vou injetar algo em mim ou no meu filho que tem uma micro possibilidade de trazer efeitos negativos".

Em suma: se a vacina chegar a uma percentagem da população (depende de virus para virus) e os mantiver livres de contagio o tempo suficiente para os que não são vacinados e estão doentes se curem, a propagação do virus será muito menor do que agora pois encontra obstáculos (vacinados e imunes) que travam o contágio aos restantes desprotegidos.

Uma simulação:
 

jpacheco

Well-Known Member
@cconst o virus do sarampo não está instinto. Está contido, e muito devido ao plano de vacinação na década de 70, é verdade. Mas para isso também, e é especulação minha, deve ter sido derivado do virus não ter sofrido mutações significativas. O que eu quis referir é que há imensos virus e alguns sofrem alterações ao seu RNA original fazendo com que a imunidade previamente adquirida perca eficácia.

Se a vacina for boa, e espero que seja, sou 100% a favor. A eficácia da vacina vai depender sempre da nossa resposta imunológica (quer com ou sem vacina).
 

cconst

Well-Known Member
Eu tinha tanto para dizer...

Mas vou-me ficar apenas por: mesmo que as autoridades de saúde não estejam totalmente corretas, este tipo de discurso apenas faz com que os resultados sejam piores do que os que poderiam ser.

O contraditório é bom. Mas não é depois de alguém se chegar à frente. É a mesma m**d@ quando se vai jantar fora e se pergunta: "vamos ali à tasca do zé?" e a coisa corre menos bem, pelo que alguém diz; "deviamos ter ido antes ao Mac"...
 

jpacheco

Well-Known Member
Eu tinha tanto para dizer...

Mas vou-me ficar apenas por: mesmo que as autoridades de saúde não estejam totalmente corretas, este tipo de discurso apenas faz com que os resultados sejam piores do que os que poderiam ser.

O contraditório é bom. Mas não é depois de alguém se chegar à frente. É a mesma m**d@ quando se vai jantar fora e se pergunta: "vamos ali à tasca do zé?" e a coisa corre menos bem, pelo que alguém diz; "deviamos ter ido antes ao Mac"...

Isso só acontece normalmente quando a tomada de decisão não é feita envolvendo uma "comunidade científica". Se quando fosses a esse restaurante tivesses ido ver a classificação do mesmo no google places ou tripadvisor se calhar tinhas antes ido ao MAC antes de entrares na tasca do Zé.

O que dá ideia, é que temos os representantes de pessoal envolvido na saude, especialistas, directores, que não são ouvidos por quem decide.
 

cconst

Well-Known Member
Isso só acontece normalmente quando a tomada de decisão não é feita envolvendo uma "comunidade científica". Se quando fosses a esse restaurante tivesses ido ver a classificação do mesmo no google places ou tripadvisor se calhar tinhas antes ido ao MAC antes de entrares na tasca do Zé.

O que dá ideia, é que temos os representantes de pessoal envolvido na saude, especialistas, directores, que não são ouvidos por quem decide.
Recuso-me a acreditar que os especialistas na saúde (em especial epidemiologistas, virologistas e peritos em saúde publica) não terão sido ouvidos, não só em Portugal mas também na restante Europa.

Eu, na condição de profissional numa área que não a da saúde, por muita informação que exista e à qual tenho acesso, tenho que ter a noção de que sem a conseguir contextualizar essa informação não vale nada. Tenho que me reduzir à minha insignificância nesse aspeto e tenho que acreditar que aqueles que sabem algo da matéria estarão a fazer o seu melhor, tal como eu faço todos os dias ao desempenhar a minha profissão.

O que pode acontecer é que o melhor desses profissionais HOJE com a informação disponível HOJE pode ser considerado errado AMANHÃ com a informação disponível AMANHÃ.
 

jpacheco

Well-Known Member
És um romântico @cconst :p No mundo ideal tudo estaria estruturado para funcionar na perfeição. Mas essa perfeição será sempre uma construção humana, com tudo que isso implica para o bem e para o mal.

Se não tiverem tempo, ouçam pelo menos os 15 minutos finais, o resumo do reitor da U. do Porto, que faz um bom apanhado deste webinar. Não se está a colocar em questão o criticar por criticar, está abrir-se o debate para além covid, é a sociedade civil a funcionar quando os mais altos orgãos não o fazem.

 

cconst

Well-Known Member
És um romântico @cconst :p
Confesso que sou.

Ao ouvir o Médico convidado (Dr. ) ele refere que (p.e.) a Suécia não adoptou medidas, fico logo de pé atrás.O site da Suécia (em Inglês)sobre a covid tem como algumas medidas:
Public gatherings

São apenas algumas. E têm montes de recomendações.

Pelo que li, parece que, culturalmente os Suecos são muito diferentes de nós. Os agregados familiares são diferentes. E existem muitas casas habitadas apenas por uma pessoa. Têm outra característica: seguem mais as recomendações que nós.

Por exemplo:
Sweden - OPEN
In line with the country-wide policy, cinemas in Sweden have not been instructed to close at any stage. The country’s largest exhibitor Filmstaden did close its venues, comprising 65% of the market, on March 12 in line with the global policy of its owner AMC. However, some independent cinemas remained open with social distancing measures in place.


E isto é um exemplo de um dos grandes do mercado (do cinema).

Em suma: quando o que ele faz é comparar sem contexto números, como é que se pode comparar?!

Compara o decréscimo do PIB entre vários países, sem ter também em consideração a saúde económica pré-pandemia.

E isto para justificar o porquê de ele ser contra o confinamento. Mas no decorrer do seu discurso, aparenta defender que a sua estratégia seja baseada na deteção e tratamento precoce da doença com um determinado fármaco.

Ora se no momento o nosso sistema de saúde neste momento já está nos limites... então se deixarmos as pessoas a andar livremente, a infeção propaga-se pela população ainda mais rapidamente. Como ficarão os hospitais?

Eu - apesar de não gostar de restrições e de me sentir mais que f"d1d0 com esta situação - compreendo que se tenha que proibir, fechar e confinar!!! Eu devo morar mesmo num antro ou então sou um c0ninh4s. Eu ainda à pouco vi uma velhota de 70 anos a cumprimentar com um par de beijos um casal (na casa dos 50) que não via à anos!!!! Vejo diáriamente pessoas a não cumprirem distanciamento. Vejo aglomerados em esplanada. Ouço empregadas a ralhar relembrando o uso de máscara em restaurante. E apenas saio de casa para ir buscar o almoço (takeaway) aqui no bairro e vou à escola buscar as miúdas.
 

freax

Member
Atenção aos "pózinhos" que os jornalistas colocam nos títulos. O António Ferreira do Hospital de São João não disse que é contra o recolher obrigatório. Até afirma isso. É contra o recolher obrigatório nos moldes que estão a ser implementados sem os critérios adequados, bem como outras incoerências que refere no artigo: o pânico geral que está a gerar mortes não covid devido à falta do acompanhamento normal nas outras doenças, ou de doentes covid que ainda não foram contactados pelas autoridades de saúde ao longo de uma semana inteira, falta da preparação dos hospitais, etc ... Eu li o artigo e não posso deixar de concordar com muita coisa que li.

Conheço casos de pessoal com cancro a bater mal porque estão constantemente a adiar as consultas devido a esta má gestão. E o cancro não espera .... Portanto cuidado a ler os títulos.

Artigo completo: https://www.dn.pt/pais/confinamento...-defende-internista-do-sao-joao-13048365.html
 

francisco

Well-Known Member
Não deixa? Nas medidas que estive a ver não tinha nenhum dia em que se tinha de ficar em casa o dia inteiro
Só vi assim por alto...
Eu sei mas estou habituado a andar mais tarde.. :confused: normalmente saio 10h mas pronto lá terá de ser como hoje e sair às 7:30

E depois tinha uma vantagem se o exercício físico estivesse explicitamente nas exceções, depois das 13h ao fim de semana era um sossego para andar na estrada! Hoje cheguei quase às 14h e reparei que a partir das 13h passei por muito menos carros.

A propósito, não sei se iam em grupo:
https://www.cmjornal.pt/portugal/de..._TAOOOptEXLKJUEPW1N9N5gkKn0oK-XXXqNHwkw4GGuQ0
 

francisco

Well-Known Member
E ainda acrescento mais, nos próximos fins de semana não posso trocar de concelho a andar de bicicleta mas posso ir para dentro de um ginásio com toda a gente a bufar num espaço fechado!
 
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