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As voltas do Fogueteiro
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fogueteiro
Active Member
Armando:
Acredito que hajam por aí outras que gozem da mesma reputação, mas esta realmente vale o nome.
Wilson:
Pois tens toda a razão. Mas lembraste quando as colocava aqui, com a qualidade "à la Fogueteiro""? A malta gozava-me até dizer chega, por isso agora tenho vergonha. Nada disso. Apenas estou à espera de oporunidade para descer à cidade e comprar uma coisa que por aí chamam Android.
prometo que brevemente irei mostrar algumas...
Acredito que hajam por aí outras que gozem da mesma reputação, mas esta realmente vale o nome.
Wilson:
Pois tens toda a razão. Mas lembraste quando as colocava aqui, com a qualidade "à la Fogueteiro""?
A malta gozava-me até dizer chega, por isso agora tenho vergonha. Nada disso. Apenas estou à espera de oporunidade para descer à cidade e comprar uma coisa que por aí chamam Android.prometo que brevemente irei mostrar algumas...
Companheiro fogueteiro,
Vens a rota da vaidade e paras no furadouro para comprar um android e ver umas maquinas, depois vais até s. Jacinto a tirar fotografias a esta linda zona fantastica para pedalar, apanhar o ferry para aveiro e lá compras um GPS e voltas de GPS pela 105 ate ao Furadouro , vais ver que até vais gostar de rever esta rota
Abraço e continua com as cronicas que estou a gostar ( coloca umas fo to gra fias tiradas com o android
Abraço e boas pedaladas amigo fogueteiro
Vens a rota da vaidade
e paras no furadouro para comprar um android e ver umas maquinas, depois vais até s. Jacinto a tirar fotografias a esta linda zona fantastica para pedalar, apanhar o ferry para aveiro e lá compras um GPS e voltas de GPS pela 105 ate ao Furadouro , vais ver que até vais gostar de rever esta rota Abraço e continua com as cronicas que estou a gostar ( coloca umas fo to gra fias
tiradas com o android Abraço e boas pedaladas amigo fogueteiro
Com estes relatos dá-me uma vontade imensa de reler os meus ou até esconde-los e as fotos seriam engraçadas mas com esta descrição, com o pormenor que é dado em cada encruzilhada faz-nos estar lá e imaginar na perfeição os momentos... neste caso é de se dizer que as palavras valem mil fotografias.
Excelente relato e excelente volta Fogueteiro
e as fotos seriam engraçadas mas com esta descrição, com o pormenor que é dado em cada encruzilhada faz-nos estar lá e imaginar na perfeição os momentos... neste caso é de se dizer que as palavras valem mil fotografias.Excelente relato e excelente volta Fogueteiro
Boas
Amigo Fogueteiro, gostei muito do relato, quanto ás subidas já estavas avisado eheheeeheheh eram uma carrada delas e das boas, para a próxima vamos os dois mas temos que fazer a volta ao contrário que deve de ter mais descidas eheheheheeh.
Abraço e força nas canetas.
Luis Cabaço
Amigo Fogueteiro, gostei muito do relato, quanto ás subidas já estavas avisado eheheeeheheh eram uma carrada delas e das boas, para a próxima vamos os dois mas temos que fazer a volta ao contrário que deve de ter mais descidas eheheheheeh.
Abraço e força nas canetas.
Luis Cabaço
Numa volta que fiz em Agosto de 2012 tive o prazer de passar junto ao Zêzere do Orvalho para Cambas.
Uma das imagens que não me vai sair da cabeça foi quando subi de Cambas para o Estreito e ao dobrar o alto vejo uma paisagem completamente diferente e de inferno.
Do lado de Cambas era tudo verde e uma paisagem de sonho, ao passar para o outro lado estava tudo preto e ainda a fumegar, com aquele cheiro característico de incêndio.......
Espero que este ano possa dar umas voltas por essa zona.
Para mim é 5* para o cicloturismo.
Parabéns pela volta!
Uma das imagens que não me vai sair da cabeça foi quando subi de Cambas para o Estreito e ao dobrar o alto vejo uma paisagem completamente diferente e de inferno.
Do lado de Cambas era tudo verde e uma paisagem de sonho, ao passar para o outro lado estava tudo preto e ainda a fumegar, com aquele cheiro característico de incêndio.......
Espero que este ano possa dar umas voltas por essa zona.
Para mim é 5* para o cicloturismo.
Parabéns pela volta!
fogueteiro
Active Member
Marcos200
esse percurso fi-lo umas boas dezenas de vezes. Tudo, nele, eu gostava, mas com conta peso e medida. Agora fazê-lo todos as vezes que andasse nem pensar, como muitos, que conhecem mais nenhuma outra possibilidade (ou parece). Metiam-me um certo fastio ver aquela cagança toda.
Luís (Cabaço)
De facto já me tinhas avisado, mas como sempre só aprendemos com a experiência. Deixa lá mas é as batatas e anda devorar asfalto.
Morg
Qualquer dia temos que combinar uma voltinha, por aqui. Já que gostaste tens que vir mais vezes.
esse percurso fi-lo umas boas dezenas de vezes. Tudo, nele, eu gostava, mas com conta peso e medida. Agora fazê-lo todos as vezes que andasse nem pensar, como muitos, que conhecem mais nenhuma outra possibilidade (ou parece). Metiam-me um certo fastio ver aquela cagança toda.
Luís (Cabaço)
De facto já me tinhas avisado, mas como sempre só aprendemos com a experiência. Deixa lá mas é as batatas e anda devorar asfalto.
Morg
Qualquer dia temos que combinar uma voltinha, por aqui. Já que gostaste tens que vir mais vezes.
fogueteiro
Active Member
Domingo, para mim voltou novamente a ser dia de voltas, pelo menos para já. Estou decidido a isso.
Por isso hoje foi dia de mais uma. Não queria voltar a empenar como a semana passada, nem dar esse trunfo ao tal diabo, por isso decidi que rumaria mais para sul, onde as estradas são mais planas...... dizem.
O primeiro objectivo seria a vila da Sertã, mas queria inovar um pouco, conhecer novas possibilidades, e então optei por evitar a N2. Meti-me por umas estradas serra acima, serra abaixo, atravessei algumas aldeias ainda desertas pela hora. O meu VDO marcava 0º. A descer sentia bem o vento frio, mas logo a seguir esquecia-me que estava no Inverno, porque tinha obrigatoriamente que subir.
Quando passei por este troço de carro, há algum tempo, a coisa pareceu bem mais fácil. É um bocado de percurso, que eu diria ser o filho menor do percurso da semana passada que eu apelidei como sendo do diabo... lembram-se?
Finalmente estava na Sertã. De agora em diante eu conhecia muito bem a estrada, e sabia que teria pela frente 8 kms de subida, agradável. Em plena subida lembrei-me que há quase dois anos passava por ali às 4,30 da manhã em direcção ao Algarve. Penso voltar a fazer, de bicicleta, este risco no mapa de Portugal.
Quando cheguei a Vila de Rei (para quem não sabe, esta vila é a mais central de Portugal), o meu conta-kms marcava 41 kms percorridos e 1000m de acumulado+. Seguia-se a nova meta: Ferreira do Zêzere. Embora a estrada seja uma Nacional o trânsito era praticamente nulo, mas o nevoeiro muito intenso não dava tréguas, e começava a incomodar-me. Passagem por cima da albufeira de Castelo do Bode, onde pude ver que a cota máxima está praticamente alcançada. O cenário estava lindíssimo com o nevoeiro a meia altura deixando ver o espelho de água.
Após a ponte, nova subida quase ininterrupta até Ferreira do Zêzere. Finalmente cheguei a esta vila, e ainda pensei em parar, mas ia a sentir-me bem e optei por seguir.
Companheiros, tanto em grossa como em fininha.... nem vê-los!!! Estavam todos com frio.
Cruzei novamente a albufeira do Castelo do Bode, e saberia que após esta travessia esperavam-me 10kms até Cernache do Bonjardim, distância essa que não é propriamente um doce. É quase sempre a subir, atingindo inclinações na casa dos 7% num ou noutro gancho.
Com a minha chegada a Cernache, os ânimos fortaleceram-se ainda mais, e acelerei a pedalada, porque faltavam ainda cerca de 20kms até casa. Estou a recuperar a forma rapidamente.
O restante do filme não teve grandes peripécias, nem motivos de registo, sendo apenas para se cumprir.
Mais uma volta de 3 dígitos, desta feita sem paragens. Esta eu apelidarei de: "A volta da ilusão". Porquê? Simplesmente porque fiquei a apenas 10kms, e menos 300m de acumulado+ da volta da semana passada. Pensava eu que seria muito mais fácil, mas na verdade andou muito próxima. Falta-me o BRT.
Dados da volta:
Kms percorridos: 104
Acumulado +: 2074
Inclinação média +: 4%
Inclinação máxima +: 14%
Velocidade média: Ok pronto desta vez eu digo 22kms/h
Mapa
Fotos? Ainda não desci à cidade
Ps. Ó Luís deixa-te de treta. Anda mas é pedalar como gente, para depois não te queixares que o café tem formigas.
Por isso hoje foi dia de mais uma. Não queria voltar a empenar como a semana passada, nem dar esse trunfo ao tal diabo, por isso decidi que rumaria mais para sul, onde as estradas são mais planas...... dizem.
O primeiro objectivo seria a vila da Sertã, mas queria inovar um pouco, conhecer novas possibilidades, e então optei por evitar a N2. Meti-me por umas estradas serra acima, serra abaixo, atravessei algumas aldeias ainda desertas pela hora. O meu VDO marcava 0º. A descer sentia bem o vento frio, mas logo a seguir esquecia-me que estava no Inverno, porque tinha obrigatoriamente que subir.
Quando passei por este troço de carro, há algum tempo, a coisa pareceu bem mais fácil. É um bocado de percurso, que eu diria ser o filho menor do percurso da semana passada que eu apelidei como sendo do diabo... lembram-se?
Finalmente estava na Sertã. De agora em diante eu conhecia muito bem a estrada, e sabia que teria pela frente 8 kms de subida, agradável. Em plena subida lembrei-me que há quase dois anos passava por ali às 4,30 da manhã em direcção ao Algarve. Penso voltar a fazer, de bicicleta, este risco no mapa de Portugal.
Quando cheguei a Vila de Rei (para quem não sabe, esta vila é a mais central de Portugal), o meu conta-kms marcava 41 kms percorridos e 1000m de acumulado+. Seguia-se a nova meta: Ferreira do Zêzere. Embora a estrada seja uma Nacional o trânsito era praticamente nulo, mas o nevoeiro muito intenso não dava tréguas, e começava a incomodar-me. Passagem por cima da albufeira de Castelo do Bode, onde pude ver que a cota máxima está praticamente alcançada. O cenário estava lindíssimo com o nevoeiro a meia altura deixando ver o espelho de água.
Após a ponte, nova subida quase ininterrupta até Ferreira do Zêzere. Finalmente cheguei a esta vila, e ainda pensei em parar, mas ia a sentir-me bem e optei por seguir.
Companheiros, tanto em grossa como em fininha.... nem vê-los!!! Estavam todos com frio.
Cruzei novamente a albufeira do Castelo do Bode, e saberia que após esta travessia esperavam-me 10kms até Cernache do Bonjardim, distância essa que não é propriamente um doce. É quase sempre a subir, atingindo inclinações na casa dos 7% num ou noutro gancho.
Com a minha chegada a Cernache, os ânimos fortaleceram-se ainda mais, e acelerei a pedalada, porque faltavam ainda cerca de 20kms até casa. Estou a recuperar a forma rapidamente.
O restante do filme não teve grandes peripécias, nem motivos de registo, sendo apenas para se cumprir.
Mais uma volta de 3 dígitos, desta feita sem paragens. Esta eu apelidarei de: "A volta da ilusão". Porquê? Simplesmente porque fiquei a apenas 10kms, e menos 300m de acumulado+ da volta da semana passada. Pensava eu que seria muito mais fácil, mas na verdade andou muito próxima. Falta-me o BRT.
Dados da volta:
Kms percorridos: 104
Acumulado +: 2074
Inclinação média +: 4%
Inclinação máxima +: 14%
Velocidade média: Ok pronto desta vez eu digo 22kms/h
Mapa
Fotos? Ainda não desci à cidade
Ps. Ó Luís deixa-te de treta. Anda mas é pedalar como gente, para depois não te queixares que o café tem formigas.
Danielkezia
Member
Faltam as fotos meu amigo!
Abraço
Abraço
Boas
Fogueteiro, depois so eu que escolho as voltas com muitas subidas, para a próxima escolho uma volta sempre a descer que até vais ficar farto de descidas ehehheheheheh
Subiste aquele bocadinho no Amioso que costuma ser o meu pequeno almoço nas minhas voltinhas bem cedo...
Abraço e boas pedaladas
Luis Cabaço
Fogueteiro, depois so eu que escolho as voltas com muitas subidas, para a próxima escolho uma volta sempre a descer que até vais ficar farto de descidas ehehheheheheh
Subiste aquele bocadinho no Amioso que costuma ser o meu pequeno almoço nas minhas voltinhas bem cedo...
Abraço e boas pedaladas
Luis Cabaço
fogueteiro
Active Member
Venho relatar a minha mais recente volta, que foi na 5ª feira passada.
Aproveitando mais um programa de família, não deixei (sempre que é possível não perco a oportunidade) de incluir a minha amiga de duas rodas. Sabia o terreno que me aguardava, e pensei que seria bom pedalar por lá.
Esta minha voltinha foi a minha 3ª internacionalização, porque foi rodada em terras Valencianas.
O dia prometia, com um tempo esplêndido e temperaturas a condizer na casa dos 20º. No dia anterior tinha rabiscado um trajecto circular no Gmaps qu me disse que teria uns 92 kms para percorrer.
Confesso que ia um pouco apreensivo porque a minha experiência por terras espanholas nem sempre tem corrido muito bem, e sobretudo andar por estradas secundárias a coisas piora um pouco. Bem, mas com o GPS-P (P=Papel) bem programado, e bem dobrado no bolso da jersey, lá segui eu o meu plano.
A zona onde estava é a de Sagunto. Uma cidade portuária próxima de Valência, sem grandes atrativos visuais, a não ser o excelente mar que a banha. Mas a uns escassos 5 kms da costa ergue-se uma cadeia montanhosa (não muito alta) que acompanha a linha de costa, onde se localiza o Parque Natural da Sierra d' Espadà.
O primeiro troço do meu passeio, foi plano, conforme tinha planeado. Aproveitei os 25 kms para dar mais alguma cadência às pernas, e manter a média um pouco mais elevada do que estou habituado. Foram 25 kms de ligação, atravessando laranjais, tangerinais, nesperais e outros que tais, percorrendo a N340. Muitos colegas se cruzaram comigo... neste aspecto ainda somos pequeninos em relação à utilização da bicicleta.
Finalmente o meu "Gps" obrigava-me a ter que perguntar por onde deveria ir. Confesso que tenho alguma dificuldade em entender os nuestros hermanos quando eles falam normalmente, sem grandes cuidados para que um portuguesito entenda. Mas apesar de tudo entendi que a vota que pretendia seria possível, e que na rotunda deveria tomar a via de servicio, porque na autovia não podia andar. "Despues segue las indicaciones"... Mas quais indicações???!!!
Andei ali para trás e para diante, até que finalmente pedia a dois BTTistas para me ajudarem. Eles disseram-me que com a fininha não era possível seguir os meus planos, porque os caminhos eram em terra batida!!! Bolas, mas o Gmaps nunca me enganou e a estrada que eu vi tinha a indicação CV223, sinal que seria transitável, e eles dizem que não há!!!
Resignado, mas não convencido, volto para trás e ando uns kms quando vejo ao fundo de uma interminável recta um grupo grande ciclistas, que vinha em sentido contrário. Aproveitei para me integrar no grupo e ao mesmo tempo me orientar. Pedi informações a um deles e fiquei mais animado, porque afinal o meu plano tinha sustentabilidade mas apenas com uma diferença: O Gmaps dizia-me que seriam 92 kms e ele disse-me que teria pela frente 130kms no mínimo. Tenho que admitir que não dei muita credibilidade, porque a minha experiência já serve para alguma coisa.
O que eu queria saber era onde deveria virar à esquerda e apanhar a tal CV223 que me iria levar serra acima atravessando o tal parque natural. Reparem no que ele me disse: "Esta descansado que eu oriento-te. Eu digo-te quando deves virar." Ok, feliz da vida. Andamos, andamos... pelo menos uns 7 kms, quando ele se vira para mim e diz: "Deverias ter virado na rotunda lá atrás!!!" Assim curto e grosso, sem um pedido de desculpas..... nada (cada vez gosto mais do espanhois!!). Eu fiquei tão irritado que nem um obrigado balbuciei. Simplesmente virei para trás para andar uns 5 kms e apanhar a tal rotunda.
Sinalização nem vê-la, pelo menos no primeiro km, mas finalmente lá vi a placa que me mostrou estar no caminho certo.
Ia, finalmente, serra acima. A inclinação deliciosa, acompanhada pelo excelente piso e envolvida por uma paisagem soberba fez-me esquecer os dissabores vividos minutos antes.
Os pomares de citrinos iam desaparecendo à medida que ia subindo, dando lugar a olivais e finalmente à vegetação e paisagem tipicos de um parque natural. Os aglomerados de casas foram ficando cada vez mais pequenos mas mais bonitos. Finalmente, em velocidade de cruzeiro, emaranhei-me num ambiente lindíssimo, sem carros, sem gentes... apenas eu e ela. Consegui impor uma cadência certa, o que me satisfez. Não fosse o vento forte de frente teria subido com mais facilidade. Uma estrada de montanha lindissima, com uns recortes a não perder. Como ainda não tenho o famigerado android, aconselho-vos a arrastar o "boneco" do street viewer para verem o que eu vi.
Finalmente cheguei ao final da subida, e fiquei um pouco engalanado quando vi num placa a inscrição: Puerto de Almedijar. Senti-me como se estivesse na Vuelta
A descida foi dividida em duas partes. A primeira com curvas muito apertadas, estrada estreita, e muitos setores de piso degradado, o que me obrigou a redobrar os cuidados e ter que travar muitas vezes, coisa que não gosto muito. Finalmente entrei na 2ª parte da descida. Piso muitissimo melhor, a largura um pouco maior mas as curvas iguais. Foi uma delicia ter dado largas à velocidade e ter tido a possibilidade de fazer curvas e contra-curvas de uma forma um pouco mais descontraída.
Já me esquecia dum episódio. Ainda em plena subida apanho um colega. Olho para ele e vejo que o homem já com alguma idade. Meto conversa e vejo que é francês. Conversamos um pouco e digo-lhe que sou português. Disse-me ele: "No ano passado, em Julho, fiz de bicicleta da minha casa em França até ao Porto de bicicleta". Ah, grande homem. Quando for grande quero ter o mesmo espírito.
As dificuldades maiores tinham acabado. Agora estavam pela minha frente os 40kms restantes. Foram feitos em boa velocidade. Sentia-me muito bem, ainda com uma boa reserva de energia, e ainda por cima ajudado pelo vento que na subida tanto me atormentou. Passei este "tramo" final muito rápidamente. Já não havia nada para apreciar. A monotonia dos laranjais tinha voltado, por isso aproveitei para impor ritmo a matar saudades das velocidades altas atingidas quando andava à beira mar, há uns 3 anos atrás.
Foi uma voltinha com 110kms (+18 do que o previsto em virtude dos percalços já relatados), e com apenas 1200 ac+. Em virtude destes números a média subiu para os 25,5kms/h. Assim posso chamar a esta volta "a volta do volta atrás"
Mapa
Aproveitando mais um programa de família, não deixei (sempre que é possível não perco a oportunidade) de incluir a minha amiga de duas rodas. Sabia o terreno que me aguardava, e pensei que seria bom pedalar por lá.
Esta minha voltinha foi a minha 3ª internacionalização, porque foi rodada em terras Valencianas.
O dia prometia, com um tempo esplêndido e temperaturas a condizer na casa dos 20º. No dia anterior tinha rabiscado um trajecto circular no Gmaps qu me disse que teria uns 92 kms para percorrer.
Confesso que ia um pouco apreensivo porque a minha experiência por terras espanholas nem sempre tem corrido muito bem, e sobretudo andar por estradas secundárias a coisas piora um pouco. Bem, mas com o GPS-P (P=Papel)
bem programado, e bem dobrado no bolso da jersey, lá segui eu o meu plano. A zona onde estava é a de Sagunto. Uma cidade portuária próxima de Valência, sem grandes atrativos visuais, a não ser o excelente mar que a banha. Mas a uns escassos 5 kms da costa ergue-se uma cadeia montanhosa (não muito alta) que acompanha a linha de costa, onde se localiza o Parque Natural da Sierra d' Espadà.
O primeiro troço do meu passeio, foi plano, conforme tinha planeado. Aproveitei os 25 kms para dar mais alguma cadência às pernas, e manter a média um pouco mais elevada do que estou habituado. Foram 25 kms de ligação, atravessando laranjais, tangerinais, nesperais e outros que tais, percorrendo a N340. Muitos colegas se cruzaram comigo... neste aspecto ainda somos pequeninos em relação à utilização da bicicleta.
Finalmente o meu "Gps" obrigava-me a ter que perguntar por onde deveria ir. Confesso que tenho alguma dificuldade em entender os nuestros hermanos quando eles falam normalmente, sem grandes cuidados para que um portuguesito entenda. Mas apesar de tudo entendi que a vota que pretendia seria possível, e que na rotunda deveria tomar a via de servicio, porque na autovia não podia andar. "Despues segue las indicaciones"... Mas quais indicações???!!!
Andei ali para trás e para diante, até que finalmente pedia a dois BTTistas para me ajudarem. Eles disseram-me que com a fininha não era possível seguir os meus planos, porque os caminhos eram em terra batida!!! Bolas, mas o Gmaps nunca me enganou e a estrada que eu vi tinha a indicação CV223, sinal que seria transitável, e eles dizem que não há!!!
Resignado, mas não convencido, volto para trás e ando uns kms quando vejo ao fundo de uma interminável recta um grupo grande ciclistas, que vinha em sentido contrário. Aproveitei para me integrar no grupo e ao mesmo tempo me orientar. Pedi informações a um deles e fiquei mais animado, porque afinal o meu plano tinha sustentabilidade mas apenas com uma diferença: O Gmaps dizia-me que seriam 92 kms e ele disse-me que teria pela frente 130kms no mínimo. Tenho que admitir que não dei muita credibilidade, porque a minha experiência já serve para alguma coisa.
O que eu queria saber era onde deveria virar à esquerda e apanhar a tal CV223 que me iria levar serra acima atravessando o tal parque natural. Reparem no que ele me disse: "Esta descansado que eu oriento-te. Eu digo-te quando deves virar." Ok, feliz da vida. Andamos, andamos... pelo menos uns 7 kms, quando ele se vira para mim e diz: "Deverias ter virado na rotunda lá atrás!!!" Assim curto e grosso, sem um pedido de desculpas..... nada (cada vez gosto mais do espanhois!!). Eu fiquei tão irritado que nem um obrigado balbuciei. Simplesmente virei para trás para andar uns 5 kms e apanhar a tal rotunda.
Sinalização nem vê-la, pelo menos no primeiro km, mas finalmente lá vi a placa que me mostrou estar no caminho certo.
Ia, finalmente, serra acima. A inclinação deliciosa, acompanhada pelo excelente piso e envolvida por uma paisagem soberba fez-me esquecer os dissabores vividos minutos antes.
Os pomares de citrinos iam desaparecendo à medida que ia subindo, dando lugar a olivais e finalmente à vegetação e paisagem tipicos de um parque natural. Os aglomerados de casas foram ficando cada vez mais pequenos mas mais bonitos. Finalmente, em velocidade de cruzeiro, emaranhei-me num ambiente lindíssimo, sem carros, sem gentes... apenas eu e ela
. Consegui impor uma cadência certa, o que me satisfez. Não fosse o vento forte de frente teria subido com mais facilidade. Uma estrada de montanha lindissima, com uns recortes a não perder. Como ainda não tenho o famigerado android, aconselho-vos a arrastar o "boneco" do street viewer para verem o que eu vi.Finalmente cheguei ao final da subida, e fiquei um pouco engalanado quando vi num placa a inscrição: Puerto de Almedijar. Senti-me como se estivesse na Vuelta
A descida foi dividida em duas partes. A primeira com curvas muito apertadas, estrada estreita, e muitos setores de piso degradado, o que me obrigou a redobrar os cuidados e ter que travar muitas vezes, coisa que não gosto muito. Finalmente entrei na 2ª parte da descida. Piso muitissimo melhor, a largura um pouco maior mas as curvas iguais. Foi uma delicia ter dado largas à velocidade e ter tido a possibilidade de fazer curvas e contra-curvas de uma forma um pouco mais descontraída.
Já me esquecia dum episódio. Ainda em plena subida apanho um colega. Olho para ele e vejo que o homem já com alguma idade. Meto conversa e vejo que é francês. Conversamos um pouco e digo-lhe que sou português. Disse-me ele: "No ano passado, em Julho, fiz de bicicleta da minha casa em França até ao Porto de bicicleta". Ah, grande homem. Quando for grande quero ter o mesmo espírito.
As dificuldades maiores tinham acabado. Agora estavam pela minha frente os 40kms restantes. Foram feitos em boa velocidade. Sentia-me muito bem, ainda com uma boa reserva de energia, e ainda por cima ajudado pelo vento que na subida tanto me atormentou. Passei este "tramo" final muito rápidamente. Já não havia nada para apreciar. A monotonia dos laranjais tinha voltado, por isso aproveitei para impor ritmo a matar saudades das velocidades altas atingidas quando andava à beira mar, há uns 3 anos atrás.
Foi uma voltinha com 110kms (+18 do que o previsto em virtude dos percalços já relatados), e com apenas 1200 ac+. Em virtude destes números a média subiu para os 25,5kms/h. Assim posso chamar a esta volta "a volta do volta atrás"
Mapa
Danielkezia
Member
De vez em quando lá mandas uns relatos para a gente se entreter durante uns bons minutos... Gostei muito de ler, especialmente a parte do engano
Quando fizeres anos vamos fazer uma vaquinha para te oferecer uma máquinha fotográfica!
Abraço
Quando fizeres anos vamos fazer uma vaquinha para te oferecer uma máquinha fotográfica!
Abraço
Boas
Belo relato da tua voltinha....
Assim está bem estás a ficar em forma, não se se tenho pedalada para te acompanhar em mais voltinhas e ainda por cima estás a ficar internacional, até falas espanhol e tudo ehheheheheheheehh
Vamos lá ver se a chuva dá tréguas para combinarmos umas pedaladas por ai..
Abraço
Luis Cabaço
Belo relato da tua voltinha....
Assim está bem estás a ficar em forma, não se se tenho pedalada para te acompanhar em mais voltinhas e ainda por cima estás a ficar internacional, até falas espanhol e tudo ehheheheheheheehh
Vamos lá ver se a chuva dá tréguas para combinarmos umas pedaladas por ai..
Abraço
Luis Cabaço