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[Arquivo] La vélo Duchene: As crónicas de André Carvalho

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duchene

Well-Known Member
Zé,
Acho que acima de tudo as coisas se devem fazer com passos pequenos e seguros. Os 200Km são o começo para quem quer aspirar a voos mais altos. Daí para cima é que começa o grande desafio, sendo que com a devida calma, tudo se faz. A Ângela é um grande exemplo disso. Ao ritmo dela, com calma e chega praticamente a todo o lado. Em 3 anos de BRM's já tem um CV invejável!

E provar a ti, provarás a cada passo concluído. Seja de 100, 200 ou 600Km. É preciso é pensar, executar e cumprir. Com mais ou menos empeno, isso também faz parte da evolução.

Eu pessoalmente não sou fascinado pelo PBP. Acho que há brevets mais interessantes do que propriamente a ida e volta pelo mesmo sítio. A repetição aborrece-me e por isso acho que não serei um bom candidato a desejar um lugar à partida. Mas fascina-me tudo o que o rodeia, nomeadamente a gestão mental necessária para levar a bom porto tal desafio. Isto porque tendo o participante mais velho a terminar 74anos, a componente física é uma mera desculpa.

Cabeça nesses pedais e atira-te ao sonho!
 
Que bom ler estas avventuras. Somos projetados de repente em outra dimensão. Consegues trasmitir sentimentos que só quem anda na mesma forma consegue captar....aproveita desta fase positiva; gostu muito o teu motto "per ardua ad astra", espero que chegas até as tuas estrelas;

Obrigado pelo relato e boas pedaladas!!.

Fabrizio
 
Excelente, como sempre. De volta o André das grandes voltas, muito bem.
É sempre um prazer ler as tuas voltas ... como não tenho jeito para a escrita:( delicio-me com as tuas cronicas:cool:.
Continua assim, pedalando pelo puro prazer de o fazer.... Abraço
 

osicran

New Member
[Grande crónica, como de costume. Começa a ser imperioso que estas reportagens não fiquem apenas confinadas a um fórum de ciclismo, por mais importante que ele seja... Pelo menos, mereciam!
 

Marcos200

Member
André,

Ontem as 1.30 AM estava a acabar de ler esta crónica. Com uma tempestade enorme "lá fora", lá fui devorando cada linha, cada Km deste deliciosa tempestade descritiva, a abanar a parente calmaria que por vezes o forum vive. Tu não perdoas, e sempre que uma crónica sai do forno, temos vontade de ir "para longe" pedalar....ao jeito de cicloturismo ultra, cicloturista desportivo, whatever...:)....e cada vez mais...randonneur.

acho que as crónicas enquanto randonneur serão muito interessantes também, fica aqui a ideia :)

Abraço
 

fogueteiro

Active Member
André,

o mesmo bicho que me picou, este ano, também já te picou. Andamos os dois com uma pica....:D:D

Gostei de relembrar esses belos recantos da zona de Arouca.

Esse teu hábito de comer a sopinha, também já o descobri. Nas voltas maiores não há nada melhor para desenjoar da comida enlatada que são as barra e afins. Dá cá um bem estar ao corpo e à alma...;);)

Continua, porque por estes lados, ando com os mesmos objectivos.

Treina com afinco, porque não tarda nada e terás um muchacho a dizer: "Despacha-te, velho!!";););););)
 
Zé,
...

Cabeça nesses pedais e atira-te ao sonho!

...o sonho comanda a vida... como diria o outro...
de todas as minhas pancas (leia-se obsessões, paixões ou sonhos) esta é a que tem perdurado e transformou mais a minha vida... talvez um dia me dedique um espaço deste género a essas memórias :)

como diria um chinês (penso eu) uma caminhada de 10000km começa com um passo... bora lá dar esse passo e talvez nos encontremos dia 05/04
 

duchene

Well-Known Member
Fabri
As estrelas a alcançar são tantas que, felizmente, terei muito com que me entreter nos próximos tempos. :)

Pedro
Obrigado. Não havendo jeito para a escrita, segues a tendência actual: Tópico só com fotos. Mas legendadas!

Marco
Randonneur ainda não sou. Mas lá chegaremos. As crónicas dessas etapas suponho que sejam dentro dos mesmos moldes destas... mas com mais uns quilómetros à mistura.

Eu não sou muito adepto daquela filosofia do viver tudo hoje e fazer a coisa mais disparatada do mundo só para provar que somos alguém. No entanto gosto de traçar objectivos peculiares que fujam à norma e, sobretudo, de os cumprir. Não porque são diferentes só porque sim, mas porque são diferentes de uma maneira que eu gosto. Porque como diz o nosso estimado Daniel, prefiro ser um vendedor de lenços do que ter de os comprar.

Luís
Obrigado. São duas coisas que gosto de fazer e, sempre que possível, procuro conjuga-las.

Zé Almeida
Como deves imaginar, se houve companheiro de pedaladas do qual me lembrei ao longo desta jornada foste tu, porque bem sei como te são estimadas estas paragens. Mas de qualquer forma estás igualmente bem servido e a produtividade das últimas aventuras é disso prova.

A sopa é de facto um excelente recuperador a todos os níveis! No verão é que pode ser complicado aderir à ideia de comer um caldinho quente em plena vaga de calor... :D

Quanto ao pirulito, já se trabalha para isso. Já anda a esbarrar nas paredes lá de casa com o tricíclo. Por isso, espero daqui a uns anos ouvir esse incentivo dele, algures numa encosta do Montemuro!

Zé Mota
Tu e a dama de ferro ainda vão calcorrear muito e bom asfalto. Depois de teres provado a ti mesmo que fazias os últimos 2km da conquista da Torre, só podes ter espírito positivo nesta demanda de pedalar para longe! Lembra-te que a cabeça é que manda, do primeiro ao último passo ou, se preferires, pedalada.

Jonitas
Obrigado.
 

Paulo V.

New Member
Viva André,

Só hoje vi o teu relato!!!!
Quando vi as fotos no teu instagram, calculei uma rota identica à que fizeste e não devo ter errado por muito, sendo que eu acrescento mais uns 15Kms a sair de minha casa.
Foi bom ver a N225, é uma estrada que não passo lá há mais de 13 ou 14 anos e pelas fotos está a mesmo a convidar para lá ir.
Uma coisa que eu achei estranho em ti e depois de ler já todos os teus relatos anteriores, é que tu e chuva não combinam... e achei estranho teres continuado no ponto onde ficaste ensopado, algo que para mim não combina mesmo é chuva e bicicleta e então ensopado muito menos ainda, esperava que naquele ponto tomasses a decisão de voltar á base.
Outro pormenor também que focas é o ir para longe, a duvida aqui é, imagino que vais utilizar o carro como meio de transporte algumas vezes, dado que no ponto onde te encontras (e eu também), tens sempre uma fatia de 45 a 50Kms para sair para o sossego, sendo que para se fazer esses 45 a 50Kms (ida e volta são 90 e muitos) perde-se sempre pelo menos umas quatro horas, logo para fazer o restante não permite grandes alongamentos a contar com uma duração de 10 a 11H em cima da maquina.
Se vais fazer os brevets, como é que tens treinado nestas ultimas semanas??? O tempo tem estado miserável, não dá para andar na estrada, eu que o diga pois a unica saida que fiz foi aquela que relatei em Janeiro.
Resta agradecer novamente pelo teu magnifico relato e pelas fotos :)
 

luisfoliveira

New Member
Mais que uma excelente crónica, tens neste teu canto do fórum um conjunto muito consistente de relatos de viagens de bicicleta que são um prazer para quem os lê. Esta crónica em especial centra-se em percursos que conheço bastante bem, e nem por isso perde ponta de interesse! Talvez até ganhe mais pois podemos comparar a nossa própria perspectiva com a tua que é muito cuidada na comunicação mas sempre honesta. Obrigado!
 

Skyforger

Active Member
André, acho que elogiar estes teus magníficos relatos já passou a ser desnecessário e um lugar comum! Também sou daqueles que concorda que isto é matéria que já merece há muito romper as fronteiras do Fórum! Já pensaste nisso ou já te propuseram isso?

Acompanhar mais esta deliciosa crónica só aguça em mim o apetite de ir lá para fora devorar quilómetros e pôr definitivamente em marcha as muitas ideias que por aqui andam a efervescer e a aguardar melhores dias para saírem à rua. Mais do que um deleite, ler as tuas crónicas é, também, uma aprendizagem. Continua!
 

duchene

Well-Known Member
Jorge
Não tens nada que agradecer e nunca é tarde demais para se colocar a leitura em dia!

De facto eu e a chuva não combinamos. Já não tenho grande paciência para ficar encharcado e desconfortável enquanto faço uma coisa que supostamente me daria prazer. Por isso, prefiro de longe ficar em casa a “moer”, do que ir para a estrada arriscar com condições adversas, ficar ensopado e enregelado ao mesmo tempo que desgasto material desnecessariamente. Aliás o bom tempo será igualmente condição sine qua non para participar nos Brevets. Já bastará ter de aturar a N13!

Por outro lado, e sei que vai parecer uma frase batida, desistir a meio não faz o meu género. O plano era fazer estes 180Km sem chuva. E se as condições fossem manifestamente desfavoráveis à partida, provavelmente teria adiado. Mas depois de começar e lá porque a chuva apareceu a meio, não ia simplesmente voltar para trás. Nem pensar! Estava com a fatiota de gala, abastecido e com a bicicleta de sonho. Não podia pedir mais... A única excepção à regra de não continuar com o projecto inicial seria a que indiquei na crónica: um notório condicionamento físico faria com que a volta encurtasse para os 130Km. Aparte disso, chovessem paus e picaretas, o plano é sempre para seguir à risca, desde que estejam reunidas as condições mínimas de segurança. Já passei muito maus bocados em termos anímicos e mentais mas sempre cumpri com o que tinha estipulado. É quase uma questão de princípio e da minha teimosia característica. Ainda para mais com tão raras oportunidades para pedalar, o desperdício seria imperdoável. Isto é um pouco como os aviões: Na pista, até ser atingida a V1, ainda se pode cancelar a descolagem. Depois disso, é seguir em frente e para cima!

Quanto ao partir ou não desde Valongo. Já fiz boas aventuras com partida de casa. Lembro-me assim de cabeça dos 220Km por Baião, Marão e Fisgas de Ermelo. Ou dos 180Km por Cabeceiras e Ermal. Portanto o sair logo desde casa não é limitador de grandes quilometragens nem tampouco de voltas interessantes. O que é aborrecido o facto de 75Km serem logo gastos entre casa e Entre-os-Rios, terreno que já conheço de trás para a frente e de frente para trás. E o que me leva a usar bastante o carro é precisamente poder poupar esses 75Km, investindo-os em pedalar para sítios ainda mais distantes e diferentes. O simples facto, por exemplo, de fazer uns meros 50Km até Amarante abre logo um leque de possibilidades completamente diferentes. Mas seja desde Valongo seja desde outro sítio qualquer, conseguir uma boa volta é apenas uma questão de bom pleneamento. E nisso, sei bem o que faço, sem falsas modéstias.

E treinar? Já devias saber que eu não treino! Eu ando de bicicleta para conhecer coisas giras ou para desanuviar a cabeça. :)
Não tenho feito, nem tenciono fazer, nenhuma preparação especial e científica para os Brevets a não ser ir reunindo o material necessário para participar e pedalar com vontade quando puder. Este passeio a Alvarenga provou que, mais do que um treino físico, será necessária estruturação mental para ir ultrapassando os obstáculos, quilómetro após quilómetro. É claro que só porque queremos não se fazem 600 ou 1000Km seguidos a pedalar. Mas para os objectivos deste ano, acredito que a rotina normal de voltas longas será suficiente. Mas também o tempo escasseia. Abril é já ali. Por isso, (se não chover!) vou como estiver. E logo saberei...

pratoni
Tens de escolher melhor os livros de crónicas! :D

Luís
Obrigado. Mas não sejas egoísta. Conta também por cá as tuas aventuras! Também gosto de comparar notas e graças aos relatos que por cá foram aparecendo, fui também descobrindo novos e interessantes pedaços de estradas fascinantes.

Skyforger
Já por várias vezes me incentivaram a avançar para uma publicação mais a sério. No entanto não é algo que me seduza verdadeiramente nem acho que tenha material interessante ou sequer consistente, que sobreviva facilmente fora deste contexto de fórum ou do universo do ciclismo. Não faço as grandes explorações etnográficas e contactos civilizacionais que enriquecem as habituais crónicas de viagem e, por isso, os relatos acabam por se centrar muito na minha pessoa e nas minhas experiências na estrada e proximidades o que, por muito inspirador que seja quando distribuído a espaços, poderá tornar-se verdadeiramente enfadonho se lido em sequência.

Por outro lado não sou escritor e isso nota-se. Tenho bastantes vícios de linguagem que é difícil de evitar e ainda me falta libertar alguma ferrugem na escrita e ganhar fluidez na condução da prosa. E a tendência é para que as crónicas fiquem cada vez mais descritivas e exaustivas: as primeiras crónicas rondavam os 10.000 caracteres. Estas últimas quase quintuplicaram esse valor! Ou seja, há uma mudança de forma de escrever que teria de ser cimentada e consolidada para que existisse consistência do princípio ao fim.

Na calha há um par de anos está sim um blog, mas não tenho tido a disponibilidade (e por vezes a vontade) para fazer uma coisa com pés e cabeça, que depois consiga alimentar amiúde. Mas é sempre uma possibilidade em aberto e, em termos de grande difusão, a mais plausível.

Para já, vou tentando dar este pequeno contributo para dinamizar o fórum. E faço-o com todo o gosto, já que para mim também é uma forma de ir registando as minhas boas memórias por estradas desertas e fascinantes!
 

Armando

New Member
Boas André, começo a ficar preocupado comigo mesmo! :confused::confused:

A minha aprendizagem na cama do hospital, começa a perder a eficácia com todos estes teus relatos . :mad::mad:

Foi uma volta soberba e o teu relato mostra que controlas perfeitamente todo o trajecto a que te propões.

Ao deliciar-me com a tua prosa, quase que consegui sentir no corpo o desconforto ensopado que tu gramaste e a trepidação do pavê de Arouca. :cool::cool:;);)

Boas pedaladas e grande abraço.
 

duchene

Well-Known Member
Obrigado Armando. Quando o cenário é especial, toda a força das palavras é pouca! Mas não se podendo estar lá, contente fico que dê para aguçar a imaginação.

Boas pedaladas pelas igualmente bonitas terras da Marinha e arredores!

Abraço!
 

duchene

Well-Known Member
ac_barley.jpg


Agora já posso levar de casa o almoço para as voltas maiores! ;)
 
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