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a Volta a Portugal cai para a 3.ª divisão...

Primeiro, A Bola dizia que sim, que a Volta era promovida (para a nova UCI Proseries). Agora, vem dizer que não, que cai para a 3.ª divisão do ciclismo mundial. É uma lástima, um enorme retrocesso no prestígio da nossa corrida. Infelizmente, é uma prova "quase secreta", que só os Portugueses seguem. Culpa da Podium? Culpa da FPC? Como estão longe, os gloriosos tempos em que o JN organizava a Volta. Desde aí, foi sempre a cair. E a cair a pique
 
Creio que não, Carolina. Basicamente, só havia duas divisões: o World Tour e os Circuitos Continentais. Mas agora, existirão 3 divisões, e a Volta ficará... na 3.ª divisão. Ou seja, entre o world tour e os circuitos continentais, passará a existir uma 2.ª divisão, a UCI Proseries. É triste ver a nossa Volta a Portugal num patamar tão baixo. Já nem sei que diga. É uma grande decepção, sobretudo para mim, que tento preservar a memória do ciclismo português, e que fico desiludido com tudo isto. É quase humilhante ver outras corridas muito mais novas e sem historial, "ultrapassarem" a Volta. Incompetência de quem? Da Podium? Provavelmente sim, pela falta de visão daquilo que é hoje o desporto global.
 

Carolina

Well-Known Member
Pode ter, as equipas WT é que não têm interesse em ir.

Artigo 3. Participação
De acordo com o artigo 2.1.005 do regulamento UCI, a prova é aberta às seguintes equipas: UCI ProTeams (MAX 50%), Equipas Continentais Profissionais UCI, Equipas Continentais UCI e Seleções Nacionais.
De acordo com o artigo 2.2.003 do regulamento UCI, o número de corredores por equipa é limitado a um mínimo de5e um máximo de7.

https://www.volta-portugal.com/corrida/regulamento/
 

Bernalve

Well-Known Member
Volta a Portugal é 2.1, não está numa categoria tão má. Podia ser 2.2. O primeiro 2 é por ser por etapas, o segundo número ou 1 ou 2 é a categoria e regras da prova em questão entre outras coisas. HC é ser High Categorie como é a volta Algarve.

Agora de facto vão haver umas alterações e vão ser criadas divisões. Ainda não perdi tempo a perceber como vai isso funcionar.
https://www.uci.org/inside-uci/press-releases/men's-professional-road-cycling-changes-for-2020
 

jlr

Well-Known Member
Vamos a ter calma, estou a ver muita gente confusa. Primeiro, actualmente existem 4 divisões de corridas "internacionais", digamos, porque depois ainda há provas organizadas só para dentro do país. Elas são World Tour (WT), HC, .1 e .2. A Volta ao Algarve é .HC, a Volta a Portugal é .1 e a Volta ao Alentejo é 2.2 (já foi 2.1 em 2018).

Os "Circuitos Continentais" nada têm a ver com essas divisões, é apenas uma forma de agregar as corridas que são todas no mesmo continente. Por exemplo, no Europe Tour encontram todas as corridas .HC, .1 e .2 da Europa: https://en.wikipedia.org/wiki/2019_UCI_Europe_Tour

A partir de 2020 a UCI está a planear uma mudança tanto para o ciclismo de estrada como de pista (ainda hoje saiu um comunicado com palavreado caro: https://www.uci.org/inside-uci/pres...he-new-organisation-of-track-and-road-cycling) e em que basicamente passamos a ter o World Tour, a Classic Series (provas de 1 dia) e a Pro Series como as grandes provas e depois o resto fica dentro dos circuitos continentais:

2018-uci-road-wt-wwt-seminar-article-web-wt-en1.jpg


De factor há rumores que a Volta a Portugal faça parte da ProSeries, mas como já é prova .1 não há qualquer indicação que suba de classe. Dia 6 de Outubro é publicado o calendário para 2020 e já saberemos com certeza.
 

FSilva

Well-Known Member
Noticia do jornal a bola:


Já não há dúvidas. A Volta a Portugal escapou mesmo à reforma levada a efeito pela UCI na modalidade, apesar das várias modificações entretanto operadas ao modelo original apresentado pelo organismo máximo internacional, que ontem mesmo divulgou os calendários relativos à próxima temporada.

A contestação levantada por alguns países, organizadores de corridas, representantes de equipas e de corredores, acabaram por provocar mudanças que contemplaram as voltas ao Algarve e a Portugal. Assim, a Volta ao Algarve, a realizar entre 19 e 23 de fevereiro de 2020 e que até ao momento pertencia à classe HC, transfere-se para a ProSeries, face à boa organização, difusão televisiva e qualidade das equipas, com o único reparo a serem as condições da Comunicação Social e o incumprimento do Caderno de Imprensa (N).

Já a Volta a Portugal, que chegou a ser dada como certa na ProSeries sendo posteriormente retirada, manter-se-á no mesmo circuito Continental Europe Tour em que, afinal, já figurava. A fraca qualidade do pelotão e corredores inscritos nos últimos anos, que somaram apenas 54 pontos, foram motivos apontados pela Associação de Organizadores de Corrida (AIOCC), Associação Internacional de Equipas Profissionais (AIGCP) e Associação de Corredores Profissionais (CPA), que confrontaram o Conselho Profissional de Ciclismo dirigido pelo belga Van Damme, em comparação com outras competições. Quando a proposta foi debatida pelo Conselho de Estrada dirigido pelo mesmo belga, já se encontrava ferida de morte, daí os argumentos de Delmino Pereira não terem sido suficientes para demover os restantes elementos. A situação periférica de Portugal, longe do centro da Europa, mais do que a longevidade, tradição e boa organização da prova e o desenvolvimento do ciclismo que promove não foram suficientes para convencer os restantes elementos da Comissão de Estrada e o Comité Diretor, que não aprovou a subida à ProSeries.

Salva-se, por enquanto, o número de dias de corrida, apesar da AIGCP os ter apontado como excessivos, considerar o percurso desequilibrado e feito reparo ao facto de só as equipas estrangeiras ficarem em hotéis da organização e de não ter sido cumprido o previsto nos regulamentos quanto à apresentação das equipas. Dois dias de viagem, um para a apresentação, 11 dias de competição e um de descanso totalizam 15 dias que a AIGCP e CPA consideram não se justificar.

A redução do número de dias poderá, porém, voltar à mesa dos debates no próximo ano, já que a grande portuguesa continua a ser a quarta prova mais longa da Europa, a seguir às voltas a Itália, França e Espanha, apesar de não ter o mesmo retorno nem impacto internacional e continuar a constituir um problema para a UCI face aos organizadores que não vêm autorizadas as pretensões de alargar as suas provas.

Resumindo: em 2020 a Volta a Portugal irá disputar-se entre 29 de julho e 9 de agosto, coincidente com os Jogos Olímpicos de Tóquio (24 de julho a 9 de agosto), mas sem prejuízos para ambos face à diferença horária de mais de 8 horas do Japão para Portugal em nada prejudicar a transmissão televisiva.
 

gandula

Active Member
Noticia do jornal a bola:
Resumindo: em 2020 a Volta a Portugal irá disputar-se entre 29 de julho e 9 de agosto, coincidente com os Jogos Olímpicos de Tóquio (24 de julho a 9 de agosto), mas sem prejuízos para ambos face à diferença horária de mais de 8 horas do Japão para Portugal em nada prejudicar a transmissão televisiva.

relativamente á transmissão da volta ( aqui há volta!) ...no comments...deveria ser o ponto principal onde a UCI deveria intervir!!!o_O:p
 
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