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A amizade duplica as nossas alegrias - Passeios feitos entre amigos

Medroso#78

Active Member
Obrigado!

...entretanto encontrei por cá (foto) do nosso amigo Roberto Aires. :)

Tem cá inúmeras voltas e voltinhas bem próximas de mim.... servir-me-ão de "arranque" para ir explorando. Pena não terem os track´s (dão sempre ajuda).
 

paradawt

Moderador
Volta da Posta 2015 - a perspectiva de um empenado

Ora bem vamos lá actualizar isto um pouco.

Vou falar sobre o último grande evento em que participei, "A Volta da Posta da Porto Cycling Team".

Já se falou muito sobre este dia, sempre na vertente global e no local apropriado. Mas aqui pretendo falar dele na vertente pessoal, como correu comigo, o que senti, como desfrutei do dia. E é por isso que actualizo este tópico com um post nesse sentido.

Para mim, este era um dia de nostalgia e apreensão...

Comecemos pela apreensão. Tive uma paragem prolongado de Maio a Agosto sensivelmente onde, as únicas vezes que pedalei, foram mal sucedidas e só resultaram em mais paragem. Especialmente desde Setembro que me sentia melhor e fui tentando recuperar o tempo perdido. Tentei sempre colocar treinos dentro dos 100kms mas aproveitando o quintal cá da zona, nunca consegui números de acumulado acima de 1400 metros.
Portanto, diria que o dia seria uma caixa de pandora. Várias dúvidas cresciam na minha cabeça. A primeira era se o meu joelho iria aguentar tal carga. A segunda era se o próprio corpo aguentaria a distância, o acumulado e a meteorologia.

Mas a mente também sentia nostalgia. Tinha saudades de um bom dia de pedal, com alguma dureza mas com muita amizade à mistura. O mais perto que tive disso foi o "olá" que dei ao Photo Promenade Duchene, onde aproveitei a manhã daquele sábado para ver velhos companheiros e conhecer outros tantos.

A saída acontecia no Freixo pelas 8h e começavam os meus erros de cálculo. Saí de casa pelas 7:35 e não fui capaz de me colocar no Freixo à hora marcada, além de que me obrigou a andar mais rápido do que aquilo que pretendia. Mas pronto! Também a distância não era assim tão grande... Lá cheguei ao Freixo onde tinha o Paulo à minha espera. "Bom dia, toma lá a mochila e siga". Tinha que apanhar o pelotão urgentemente.

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Confesso que não contava com um pelotão tão grande. Com os avisos meteorológicos no segundo grau mais grave, sempre pensei que algumas confirmações simplesmente não apareceriam mas... Enganei-me!
Avistei a malta que não ía assim tão longe e logo me coloquei ao grupo. E que grupo... recheado de pessoas boas que vêem na bicicleta de uma forma muito especial, muito única.

Tinha que me redimir do atraso e o que fiz? Cumprimentei a todos e toca a dar um pouco de roda na frente. Foi uma atitude apenas e só protocolar, afinal rolava-se tranquilamente e o vento não era assim tão sentido.

Primeiro ao lado do nosso amigo Jonnhy Bravo aka Degenkolb, Kittel... Opá chamem o que quiserem, porque já lhe chamei tanta coisa que nem sei qual fica.

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Depois juntou-se a locomotiva do grupo, Rui Abrantes.

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E por fim até o Laranjeira deu uma perninha.

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Acabada a conversão de ocasião "ah e tal se não chover vai estar um rico dia!", "opá falta muito para o zé mota?", lá demos seguimento ao andamento.

Conhecia até Canedo mas a partir dali era praticamente tudo desconhecido... Reconhecia alguns pontos como a nacional feita para entrar em Arouca mas pouco mais.

As subidas foram aparecendo, algumas descidas também. O corpo reagia até bem demais (eu explico já esta parte) e o joelho fazia o que lhe competia. Absolutamente nada de dor, fisgada, mau estar ou outro... Costuma-se dizer que um bom árbitro é aquele que nem nos lembramos dele no jogo. Pronto... É mais ou menos isso para o meu joelho.

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Se corpo e joelho reagiam bem às inclinações mais violentas, faltava uma variável na equação. A chegada do Joaquim. E não é que ele chegou mesmo??? Vento e chuva com fartura. Aí as coisas começaram a complicar um pouco. A ausência de quilómetros debaixo dessas condições durante o ano fizeram sentir.

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Mas entre mortos e feridos alguém há-de escapar. E subida após descida lá se foi fazendo o percurso debaixo de um verdadeiro vendaval.

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A esta altura faltava a meu ver a parte mais complicada da coisa. O percurso que ligava Arouca a Alvarenga.

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Cheguei a enganar-me no percurso, induzido em erro por um grupo de ciclistas que seguiam ao longe e fiquei com a ideia que pertenciam ao nosso grupo. Nesta altura continuava a chover e fomos obrigados a vestir os nossos impermeáveis. Daí a confusão!

Resolvido o engano após uma paragem de cerca de 15min, toca a descer novamente à rotunda onde foi provocado e engano e seguir direcção a Alvarenga.

Aqui começou um verdadeiro martírio... Muito vento, algum desgaste e fome (verdadeira fome) à mistura. E aqui entra a parte que eu disse que o corpo reagia bem demais. Sempre tive alguma dificuldade em poupar-me. Especialmente quando não estou tão bem fisicamente e na minha mente acredito que posso fazer as coisas a um ritmo semelhante ao que tinha quando treinava mais regularmente.

Felizmente nestes momentos surge sempre uma palavra amiga, uma roda de incentivo. E o Pedro Lobo não me largou mais até ao Zé Mota.

Ainda passei por alguns colegas que seguiam também em dificuldades mas tinha encontrado o meu ritmo e tinha que seguir no mesmo. Tinha que chegar o mais rápido que me era possível para trocar de roupa, aquecer e comer...

Lá cheguei, comi umas entradas enquanto esperava a chegada do jipe com a mochila. Assim que ele chegou enfiei-me no WC a trocar a roupa mas a pele molhada não facilitou a tarefa. Tenho pena do senhor que estava do lado de fora a bufar em desespero por "abraçar" a sanita. Ele devia estar mesmo aflito a avaliar pelas expressões. Mas eu também estava aflito por me ver livre da roupa molhada.

Depois disso já sabem... Sentar, comer, beber e conversar. Conversar muito e puxar as pessoas para o seu campo mais natural, para a sua vertente mais informal. Sim! Porque mesmo em cima da bicicleta acabam por existir alguns formalismos que apenas largamos em frente a um bom prato e a um bom copo.

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Eu sabia de antemão que esta coisa de pedalar, comer, beber e voltar a pedalar daria asneira. E não é que deu mesmo???

As pernas estavam completamente mortas. Muito mal mesmo.

Mas tinha cerca de 80kms pela frente e tinham que se fazer.

A temperatura mudou radicalmente e chegamos a ter 25º. A roupa escolhida foi inapropriada, passei bastante calor. O traçado era bem mais simples no regresso do que na ida, mas com 2200 de AC+, dois bons nacos de carne do estômago, muito pão e manteiga à mistura, vinho e a porcaria de plástico que comemos em cima da bicicleta, qualquer topo parecia parede. Perdi algumas vezes a roda de pessoas que seguiam na minha frente e isso fez antecipar ainda mais o desgaste.

A coisa lá se fez, as cãibras não surgiam (e ainda bem) e com mais mais ou menos dificuldade lá cheguei a Entre-os-Rios, sem antes me enganar uma vez mais por decidir seguir sozinho enquanto o grupo esperava por alguns elementos mais atrasados.

Consegui entretanto seguir algumas rodas até Rio Mau, fazer a descida que liga a Melres mas a partir daqui tive que desligar o motor e seguir em piloto automático. A subida de Melres, embora curta, determinou a entrada na reserva do meu depósito. Cometi o erro crasso de não usar a barra energética que tinha no jersey e paguei bem caro esse facto. Bem caro não é o termo porque consegui rolar sempre dentro dos 30kms/h, excepto quando o terreno inclinava um pouco. Mas sentia claramente que estava incapaz de acompanhar qualquer outro ritmo que não fosse o meu. E isso aconteceu... passaram os suspeitos do costume a um ritmo louco e eu deixei-me ficar no meu canto.

Apesar de todas as dificuldades consegui chegar ao Freixo ainda com luz natural e isso foi importante porque não estava prevenido.

O dia acabou por se portar muito melhor do que aquilo que esperava. O Joaquim atacou bem entre as 10:00 e as 13:00 mas ao longo do dia esteve bastante razoável para a prática do ciclismo.

Em outros momentos da minha vida teria ficado com um sabor agridoce na boca por não ter seguido com os mais rápidos. Mas quando penso no meu percurso este ano percebo que não podia estar mais feliz por ter aguentado tais condições e circunstâncias.

Agradeço a todos sem excepção deste grupo. Foi coeso, foi enorme. Foi amizade, camaradagem e ciclismo do início ao fim.

Mas não posso deixar escapar alguns nomes.

Rui Abrantes - Obrigado pelo percurso, pelo trabalho na preparação e pelo dia proporcionado;

Paulo Lobo - Obrigado por sacrificares a tua ida de bicicleta em prol do grupo e pela preocupação constante em verificar o estado das pessoas. P.S.: nas fotos ainda não estás ao meu nível. Lamento!

Pedro Lobo Ribeiro - Obrigado por não me largares no momento que secalhar mais precisava, a subida da garganta do Paiva para Alvarenga. Sabia que tinhas pernas para seguir mas ficaste comigo.

Telmo Vidinha - Também seguiu sempre comigo numa das subidas duras e não me largou (ou talvez eu não tenha largado a ele e ainda bem que a corrente lhe saltou).

Mas a todos sem excepção, acreditem que não quero deixar passar em claro o meu agradecimento pela vossa presença.

Um à parte. Quando conheci este grupo, estavam no seu início e eu achava que não era um grupo que se adaptava ao meu estilo. Mas em boa hora decidi juntar-me à Porto Cycling Team. Ironia das coisas, este grupo encaixa agora em tudo o que é a minha perspectiva de bicicleta neste momento.

Obrigado companheiros, um bem haja.

Wilson Tiago Parada

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insid3r

Member
Wilson, sabes que é um prazer (tentar) partilhar a estrada contigo! Excelente relato, percebo bem a tua apreensão mas quando se é máquina não há mazela que se pegue!
Em relação à disputa sobre quem é que fotografa melhor digo-vos que o segredo está no modelo, repara bem na ante-penultima foto...que classe!
 

paradawt

Moderador
@pistaxio,

Obrigado parceiro. Felizmente não preciso escrever assim tanto para tentar manter a forma na prosa.

@insid3r,

És cá um vaidoso!
 
Uma vez que fui referido aqui vai uma linha acerca do que escreveste @paradawt:

Quanto ao evento, ao grupo e ao que é o PCT, disseste tudo, não é preciso acrescentar nada, aliás relembro o que diz neste teu espaço " a amizade duplica as nossas alegrias", é isto mesmo! Fica tudo resumido assim.

Quanto ao que referiste sobre mim, não está no meu ser deixar ninguem para traz, alem do mais podia eu ter sido um pouco inteligente e ter referido mais cedo que estavámos no caminho errado pois por um momento até pensei que a posta fosse em Moldes em vez de Alavarenga ?!?!?!?!***###, alem do mais eu era o unico dos 3 que conhecia o caminho.

Para mim é que foi um prazer de privar a tua roda.
Grande abraço
 

paradawt

Moderador
Sim... Muito tempo depois estou de volta à escrita!

Talvez as voltas não sejam assim tão relevantes. Talvez até sejam.

O ano transacto não foi de muito actividade e alguns problemas com lesões. Talvez por isso me tenha concentrado mais em treinar do que em passear e fazer coisas realmente dignas de registo.

Aproveitando o feriado, decidi com o Rodrigo sair do típico trânsito do nosso quintal.

Havia o convite para o reconhecimento do Mediofondo mas a nossa vontade era mesmo fugir para o Gerês.

Estávamos relutantes quanto à qualidade do percurso mas deixem-me que vos diga que tiro o chapéu à Bikeservice pela escolha deste ano. Muito melhor... Saíram do óbvio e levaram-nos para um interior do Parque Nacional que não conhecíamos.

Só vos tenho a dizer que foi muito bom. Foi muito bom porque conhecemos um Gerês que não conhecíamos e muito bom porque tivemos longos períodos sem nos cruzarmos com um veículo. Aliás, chegamos a andar completamente no meio do nada. Só nós e a natureza mágica do Parque Nacional da Peneda Gerês.

O inicio é tudo aquilo ao qual não se pode fugir, a descida até às pontes. Depois temos uma subida bem conhecida (Caniçada) que por sinal decidimos atalhar e isso levou-nos a uma parede giríssima que o Garmin fez autopause aos 23,5% de inclinação. Não dou como perdido o atalho. Aquecemos rapidamente e a vista para o rio era deslumbrante por isso lá fomos.

O restante é entrar na N103, seguir em direcção a Louredo, Salamonde, Ruivães, Santa Leocádia e no toque do Rio Rabagão tocar os limites do distrito de Braga e Vila Real, passando por cima da Barragem de Venda Nova.

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Até aqui a subida é constante com zona de descanso e até alguma descida. Faz-se bem a um ritmo certo e até diria que no dia da prova se fará a um ritmo bem elevado. O problema vem depois...

Após a barragem começamos a inclinar-nos para o interior do Parque Nacional. Ferral, Covelo do Gerês, Paradela e uma vez mais tocar uma barragem e a sua albufeira da Barragem de Paradela.

Daqui começamos a subir para a cota mais alta por onde andamos (cerca dos 900m de altitude) junto a Sirvozelo. Não se deixem enganar... No Gerês nunca andamos a cotas muito altas mas as subidas são exigentes derivado das inclinações que apresentam. Ou descemos muito ou subimos muito... Não existe meio termo.

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Daqui entramos num período de absolutamente nada. Nós, a paisagem, o silêncio, os mega blocos rochosos e algumas abelhas derivado da apicultura. Tenho que destacar que toda a estrada até aqui tem um piso muito aceitável sendo que em alguns pontos até diria excepcional.

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Não assinalo qualquer zona extremamente perigosa, excepto as subidas que já falaremos a seguir.

De Azevedo somos levados a Chãos, onde somos contemplados com pequenas recantos perdidos no Gerês. Aldeias típicas do Minho e totalmente isoladas. De Chãos até Cabril e aqui temos o ponto de viragem nas coisas. O meio envolvente torna-se ainda mais verde e os cheiros são os mais coincidentes com os que estamos familiarizados dentro do PNPG. Para quem está habituado a procurar cascatas sabe do que falo. Cabril é delicioso a meu ver. Muito bonito, cruzado pelo rio Cabril que liga à Albufeira da Barragem de Salamonde.

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Quem já vier justo, aqui vai começar a sofrer e a sofrer bem. Logo após a saída de Cabril levamos com uma parede que ronda os 2kms e 11% de inclinação média. O piso é excelente mas a inclinação é dolorosa. Chega mesmo a tocar várias vezes nos 17%. Quando descansamos aos 12% algo está errado (risos).

Após isso temos a descida mais brutal do dia. A estrada é bastante inclinada, requer cuidados redobrados. O piso está em bom estado e circulamos pelo interior da verdadeira essência do que é o PNPG. As árvores, a vegetação, as cores, os sons... Magnífico!!!! Se pudesse eliminava o som do cêpo em roda livre para poder escutar melhor.

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Isto leva-nos até uma ponte sobre o rio Fafião. Depois disso descemos um pouco mais e cruzamos outra ponte, desta vez sobre o Rio Arado e o tão conhecido acesso às cascatas do Tahiti. Aqui surge a violenta e última dificuldade da volta. E que dureza... O interior das curvas será melhor evitar se tiverem uma cassete 25 dentes como a minha, porque em alguns momentos senti a roda da frente levantar como querendo virar. Temos um segmento de 1km a 14% de inclinação média. Será muito muito importante que se traga alguma disponibilidade física e água para hidratar. Recomenda-se inteiramente a ingestão de um gel antes de começar a subir a partir de Cabril. Fará muita diferença!

Esta subida leva-nos até à estrada de Ermida que vem da Pedra Bela. O resto já conhecem... Mas antes disso irão ter um pouco de pavé (nada de transcendente).

Para mim o que estraga o percurso é mesmo esta descida de Ermida até à vila do Gerês, mas compreendo que é um mal não evitável pela limitação de acessos a partir dali.

Fiz o percurso do ano passado e considero este mais duro. É mais rompe pernas porque as subidas e acumulado estão dissimulados por vários pontos e depois apanhamos com muros violentos. Mas em paisagem e inovação, claramente destaca-se dos anos anteriores.

Na minha humilde opinião como cicloturista, a Bike Service está de parabéns porque saltou fora do óbvio. Pelo menos para mim e para o meu parceiro de passeata, o Rodrigo Coelho, ao qual agradeço desde já a companhia. Ah! E o gel... que diferença fez.

Desta vez tirei bem menos fotografias porque não tinha a máquina comigo e recorrer constantemente ao telemóvel desmobilizou-me a um registo mais completo.

Foi uma manhã bem passada dentro de um dos nossos paraísos de Portugal. E permitiu-me conhecer um Gerês mais escondido que ainda não conhecia.
 

Medroso#78

Active Member
Boas,

antes de mais, obrigado, mais uma vez (já tinha visto no face da PCT), pela partilha. Este rescaldo, ficaria muito bem na página do evento, cá do fórum! Seria uma mais valia para quem lá vai (tal como eu) fazer o reconhecimento. :)

Abraços
 

paradawt

Moderador
@Medroso#78,

Em breve a Porto Cycling irá fazer um recon ao local numa perspectiva mais competitiva do que turística (é o caso desta) e aí sim, poderá ser uma mais valia.

Penso que o que digo aqui não é assim tão importante para o dia da prova excepto os locais mais duros. Mas isso basta olhar para o gráfico das subidas que a Bike Service disponibiliza.

Abraço.
 

Medroso#78

Active Member
Sim, mas, creio que 80/90% da malta que lá vai, é numa de turista (conviver, apreciar a paisagem)... e não o contrário (digo eu). Se calhar, cada um tenta fazê-lo o mais rápido possível mas, sempre numa de "turista".

Abraço
 

paradawt

Moderador
Rota de Moscoso com o Duca

Tomei-lhe o gosto após algum tempo de inactividade na escrita.

Para hoje tinha perspectivado uma visita ao Sr. João na Adega Regional Nariz do Mundo a fim de definir algumas questões para o passeio Porto Cycling Team.

Nesse sentido e uma vez que nunca tinha feito a subida por Cambeses mas sempre pela ER311, decidi experimentar aquela via...

Tinham dito que era duro e... Confere!!!

Mas antes disso... Local definido para ponto logístico na Póvoa de Lanhoso, permitia-nos uma proximidade interessante de Cabeceiras e ao mesmo tempo do Parque Nacional da Peneda Gerês para no regresso aproveitar as vistinhas.

Após nos ausentarmos da Póvoa de Lanhoso a calmaria chegou ao longo da N205 com umas subidas catitas para animar o aquecimento, sendo que as mesmas "colidiram" com uma descida final para entrar em Cabeceiras de Basto. Gostei bastante da envolvente proporcionada por esta estrada nacional após nos afastarmos da cidade de Póvoa de Lanhoso, apresentando-se igualmente com muito pouco trânsito. Ao nosso gosto portanto!!!

Depois da entrada em Cabeceiras momento para foto, gel para dentro e atacar a subida até Moscoso via M519 e depois CM1700.

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Em tempos um amigo de pedaladas disse que quando mete estradas municipais o resultado é um... paredes para ultrapassar. Certinho...

Durante toda a subida o calor apertou bem, embora em Moscoso o mesmo não se tenha verificado. Até estava frio e desagradável. Pausa para café e lá seguimos sem antes dar um punhado de "bons dias" pelos pastores e criadores de gado que por ali andam. Idosos que depositam neste tipo de actividade todo o seu sustento mas também simpatia.

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Lá saímos de Moscoso, continuamos a subir durante cerca de 2kms até aos 1050m de altitude sensivelmente e depois de uma breve descida, reencontramos a ER311, desta feita a apontar-nos ao Salto e depois Venda Nova.

As pernas custavam a acordar depois da paragem e qualquer topo parecia uma serra, no entanto, como o percurso desce maioritariamente a partir daqui não houve grande crise.

Entretanto passamos por Venda Nova e a sua charmosa albufeira e cruzamento com a barragem, por onde irá passar o Gerês Granfondo deste ano.

A partir daqui foi o que o meu motor e o do Duca deram. O vento estava forte mas descia mais do que subia, por isso foi cerrar os dentes e rolar... A meio deu tempo para algumas fotos de registo, especialmente as do Duca.

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No final das contas tivemos 117kms com 2200 de AC+ sensivelmente, embora o meu strava tenha decidido pregar uma partida e adulterar totalmente o acumulado para mais de 3000.

Feitas as contas foi uma excelente manhã de boas paisagens, bons recantos, uma subida bem dura e uma volta a roçar o empeno.

Obrigado desde já ao Duca pela companhia na jornada.
 

Medroso#78

Active Member
Boas,
antes de mais, obrigado pela partilha!

Relativamente à volta em questão, conheço muito bem! É uma das tais que valem a pena.... Aliás, as fotos, falam por si. No que diz respeito à companhia, pedalei apenas uma vez com o BIG friend João, em pouco percebi que é um bacano..... e pedala pra cara.........ças. :D


BIG abraço
 

paradawt

Moderador
@Medroso#78,

Aquilo são uns 50kg de gente... Não é de admirar... Hehe! Mas sim o homem é muito boa gente e grande companheiro de pedaladas.

Quanto à volta não conhecia a nacional que liga Póvoa de Lanhoso a Cabeceiras e gostei imenso. O restante ou de bicicleta ou de carro já tinha lá passado.
 

albertosemcontador

Well-Known Member
Parada lindas fotos, parabéns...

Essa situação cor de laranja na saída dos cabos? E para evitar que a fricção dos mesmos rocem na pintura?

Também sempre tive o mesmo problema na minha mas deixei de me preocupar, e bike de acção, e para correr critérios e afins e de tanta acção e tombos já está toda esmurrada... Mas para me armar em hooligan não há melhor...;) grande bike! Assim é que eu gosto dela, bem esmurradinha... E trocar o guiador e espigao e manetes quando parte, mas o quadro nunca partiu e porrada já levou, e vai continuar a levar mais... Como costumo dizer... Com essa não tenho medo! Lol... Ficam cada vez mais bonitas com o passar do tempo e das marcas...

A tua está cada vez mais bonita...;) um dia posto fotos da minha mais recentes...

Boas pedaladas e continua...

Grande abraço...
 

paradawt

Moderador
@albertosemcontador,

Tambem não gosto do laranja mas é o que trazem as ilink para proteger o quadro. Um dia troco para preto mas nem tenho me preocupado muito com isso...

Tenho me preocupado mais em recuperar o tempo que perdi com a lesão.

Outro "problema" que tenho é em relação à não compatibilidade do quadro com o di2. Aquilo fica algo feio esteticamente.

Ainda não sei bem que faça em relação a isso, se eventualmente troque para o mecânico. Mas está a custar-me bastante porque quanto mais ando com o di2 mais gosto dele.
 

albertosemcontador

Well-Known Member
@albertosemcontador,

Tambem não gosto do laranja mas é o que trazem as ilink para proteger o quadro. Um dia troco para preto mas nem tenho me preocupado muito com isso...

Tenho me preocupado mais em recuperar o tempo que perdi com a lesão.

Outro "problema" que tenho é em relação à não compatibilidade do quadro com o di2. Aquilo fica algo feio esteticamente.

Ainda não sei bem que faça em relação a isso, se eventualmente troque para o mecânico. Mas está a custar-me bastante porque quanto mais ando com o di2 mais gosto dele.

Amigo a minha ainda esta com mecanico...

Mas tenho outras com electronico e sei Bem que ha diferenca, entendo-te...Embora goste de ter pelo menos uma de cada... Nao me sentia Bem em ter so electronico sem ter uma mecanica tambem, Mas nada contra Isso opa, Sao manias minhas e entendo perfeitamente que quando se Tem so uma menina e e a menina dos olhos, que se queira dar a ela tudo do melhor dentro das nossas possibilidades e sei Bem o que ela significa para ti e o amor e carinho com que a tratas e as estimas, prova exactamente Isso...

Nao ha nada que bata o electronico, e essa e a tua unica menina e eu entendo que quando se Tem so uma menina dos olhos que se queira o melhor que se pode....

Mas Parada antigamente era uma coisa, hoje em dia para Esse tipo de quadros nao compativeis e para quem Quer algo electronico so ha uma solucao...

SRAM etap...

A minha se algum dia levar um upgrade de dura ace 9000 mecanico sera ETAP... com etap Esse problema FICA resolvido...

Mas para Ja, tambem nao Estou a pensar nisso... A supersix Sabes para o que a quero e quando e Assim, quero e senta arranca e vambora e quando cair e partir muda-se, o quadro esta testado... E duro e roe que nem cornos, e a nivel de performance e aquilo que Tu Bem Sabes...

Agora andar ao para tras? Nao...

Se o electronico esta Bem montado, esta com seguranca e esta a trabalhar em condicoes.... Deixa estar Assim... Desfruta... Se e so razoes esteticas, deixa estar e Como eu digo, estetica e so a estetica nunca engravidou ninguem... Deixa estar Assim,..

E mais tarde,..

Fazes um upgrade para um Etap e Claro, mantens o que gostas, que e o electronico, Mas com um gruppo muito melhor, mais leve, com melhor performance Porque Esse nao e o 9070 e Claro... Muda logo a estetica... Porque nao vais ter cabos... A nao ser dos travoes...

E se ela merece? Entao nao? Claro que merece...

E nao precisas de gastar os 2000 e nhentos euros nesse upgrade... Por mil e poucos compras so o Etap ( upgrade to) e mantens a cranck e ate podes deixar os travoes dura ace tambem... Embora ai tambem acho que com o tempo mudavas para uns da SRAM...

E eu nao sou SRAM man... E Tu Bem Sabes... Sou shimano Man...Mas para Este tipo de situacao... Para quem nao Tem compatibilidade e Quer electronico, esteticamente a shimano nao Tem solucao...

Quanto as capsulas laranjas nao estava comentar que nao gosto, Ou que nao ficam Bem, alias Assim de repente ate faz deitar o olho e salta a vista e pareceu-me uma solucao, para quem nao Quer riscar Esse quadro com friccao, Porque eu sei que risca muIto, dai ter perguntado...

As melhoras e vai pedalando Como tens feito, que vai ao sitio...

Um dia destes pedalamos todos...que eu agora Ja tenho um jersey...;) bibupuotooooo!

Grande abraco...
 
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