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Mais um ciclista morto em acidente

elchocollat

Well-Known Member
E por vezes é a malta que se arma em equipa. E vão ali para as médias e tudo mais, e a dar tudo. Mas esquecem-se que provavelmente têm que ir amassar no trabalho 1 ou 2 dias depois.
Continuo a pensar que há muito trabalho a fazer...
De parte a parte.

E até penso que sozinho é capaz de ser menos perigoso que pelo menos 2 pessoas.
 

newb

Well-Known Member
São as tais vias partilhadas que, pelo menos na zona de Lisboa, é o que mais há. Ciclovias puras e duras não existem muitas!

Agora tu vais para uma via partilhada onde andam pessoas a passear os cães e os filhos andar a 25 kmh? Já nem digo mais mas 25? Eu não. Pela minha segurança e pela segurança de quem por lá circula com todo o direito (tendo sempre em consideração que estamos a falar de uma via partilhada).
Eu há dias fui contra uma senhora na ciclovia, ia nem mt depressa... A senhora ia com a amiga e de repente mete-se na parte das bikes, fui contra o braço dela, a amiga desviou-a.
Se não é a amiga ia ao chão. Andam lá gajos a fazer flexões , cães, miúdos, é estupidamente perigoso, só se for para andar de bike lá a 5 a hora. Foi aqui na cidade ao lado, é mesmo inadequado, porque aquilo é super imprevisível.
 

francisco

Well-Known Member
Vou só deixar aqui as minhas 4 reflexões:

1- Cada vez mais estão-se a formar os 2 extremos, os pró-bicicletas e os contra bicicletas. O problema é que basta um dos "contra bicicletas" armar-se em justiceiro e podem ficar com a vida por um fio. Basta ver em comentários no facebook, instagram, etc, o melhor mesmo é ignorá-los e deixar que estes se auto-sodomizem (desculpem não resisti mas é o que acontece nos comentários, vem um e diz "e o seguro" e vem logo outro "e o IUC?".)


2- A ANSR foi e vai continuar a ser inútil. Primeiro falhou aquando da alteração das medidas no código da estrada e agora falha pois não faz campanhas para retificar o erro anterior. Falha também no aspeto de sermos um dos países da europa com mais numero de vítimas em acidentes em ambiente urbano.


3- Há que definir claramente a diferença entre acidente e homicídio (por negligência). A maioria dos atropelamentos são sempre "acidentes". Obviamente se circulo a 80km/h numa zona de 50km/h não vou conseguir parar a tempo ou desviar de um obstáculo ou de uma passadeira. E as manobras perigosas que resultam em atropelamentos, fará sentido serem chamados de "acidentes"? (exemplo: carro abranda para ceder passagem na passadeira e o de trás aproveita para ultrapassar)


4- O limite de velocidade nas cidades têm um principio que é a probabilidade de morte em caso de acidente. De nada vale este limite senão for cumprido. (fonte: OMS)
 

elchocollat

Well-Known Member
O tuguinha só vê caça à multa. Quando somos bem apertados, começam logo as burrices de " isto é tudo uma caça à multa".
Caso não saibam, na Holanda há um carro que fiscaliza estacionamentos. Quando está errado, pimba. E os limites de velocidade são outra história.

E lá, não há distinções entre ciclistas ou cicloturistas ou ciclistas de cidade (como eu defendo cá ).
Lá é o "eu e o nós". Eu sou cidadão, automobilista, peão e ciclista. E somos todos pessoas.

É preciso ter cuidado com esses justiceiros da piça. Também havia um ciclista que se armaca em justiceiro, o Capitão Bina.
Percebo a ideia de se querer fazer justiça, mas se formos ver é burro e não faz sentido algum.
 

fernandes_85

Well-Known Member
Exactamente, eu referia-me a esses pelotões, não vão dois a dois, vão a ocupar a faixa de rodagem toda e não facilitam minimamente a vida aos condutores...

E achas mesmo que o automobilista que faz os comentários "dos ciclistas isto e os ciclistas aquilo" conseguem distinguir uma coisa da outra?
Para eles mais que 1 é um pelotão e vai a estorvar ponto.

Da minha experiência a andar em grupo não nego que às vezes o pessoal vai à molhada, mas que na maior parte do tempo vai 2a2.
Agora é preciso perceber que circular 2 a 2 é uma coisa dinâmica, se for em estrada aberta é muito fácil manter 2a2.
Mas se for numa zona de trânsito em que se tenha de travar por semáforos ou rotundas p.e ou uma estrada cheia de buracos o alinhamento 2a2 fica um bocado prejudicado. Da mesma forma numa subida ou descida pronunciada o pessoal tende a enfileirar 1a1. etc etc.

De qualquer forma da minha parte quando vou na parte de trás do pelotão tento auxiliar o automobilista sinalizando quando pode ultrapassar e agradeço. Ao pessoal vou tentando dizer para manter 2 a 2.

Agora acho que este assunto só é abordado e irrita alguns automobilistas porque simplesmente lhes dificulta a típica ultrapassagem+ razia independentemente se vem ou não um carro de frente.
 

cutkiller

Well-Known Member
Ontem a chegar a Coimbra (na rotunda da Repsol quando se vem da Geria) assisti a uma cena de meia dúzia de ciclistas completamente desnecessária.
Um carro entra na rotunda devagarinho, e vê-se uns ciclistas a passar o carro pelo lado de dentro da rotunda, e outros por fora... @jpacheco levavam equipamentos dos teus :p

Eu vinha atrás e pensei.. "O que é que estes anormais estão a fazer?"

A malta tem de perceber de uma vez por todas que nós somos o elemento mais fraco/vulnerável, e enquanto não tivermos comportamentos adequados esta guerra nunca vai terminar...
 

elchocollat

Well-Known Member
@cutkiller
Um artolas fez-me isso no outro dia.
A minha namorada ficou incrédula.
Ele ia sozinho e estava confiante. O pior é que se há uma mudança brusca de direção está o caldo entornado.
Nessa situação aí que presenciaste, para mim é só burro.

Eu acho que nunca disse tantas vezes "burro" neste fórum, e nunca me indignei tanto como aqui, mas a verdade é que se fala muito nos direitos dos ciclistas etc e tal... Mas são essas situações que contribuem para uma ideia de generalização do indivíduo que anda de bicicleta. Porque é isso que vai dar a ideia do que é o típico ciclista. Óbvio (é óbvio) que não vamos chegar à perfeição e quanto mais caminhamos para lá, mais caminhamos no caminho inverso mas se houver mais consciencialização e mais atos "bons" que "maus" será melhor. O pior nessa situação é que foi logo uma molhada de ciclistas... :(
 

Bernalve

Well-Known Member
Ontem a chegar a Coimbra (na rotunda da Repsol quando se vem da Geria) assisti a uma cena de meia dúzia de ciclistas completamente desnecessária.
Um carro entra na rotunda devagarinho, e vê-se uns ciclistas a passar o carro pelo lado de dentro da rotunda, e outros por fora... @jpacheco levavam equipamentos dos teus :p

Eu vinha atrás e pensei.. "O que é que estes anormais estão a fazer?"

A malta tem de perceber de uma vez por todas que nós somos o elemento mais fraco/vulnerável, e enquanto não tivermos comportamentos adequados esta guerra nunca vai terminar...

Isto é mesma situação com as motas e a guerra que também existe. A mota e a bicicleta tem muito mais facilidade para andar no meio do transito quando a pessoa é um bocado artista no bom e no mau sentido. Faço mea culpa que muitas vezes, em descida e marginal também ultrapasso carros, sempre pela esquerda. Dando aquela sensação de risco aos condutores, mas às vezes um ciclista anda a 40/50 kmh com relativa facilidade. E de mal isto não tem nada. Os condutores do carro é que não estão habituados principalmente se for um ciclista. Ultrapassagens pela direita é outra coisa.

Dão o exemplo de um pelotão. Normalmente um grupo grande de ciclistas, circula "rápido". A mais de 30km/h. Estejam ocupar a via toda ou não, é uma velocidade mais que boa para os carros esperarem até terem as condições todas para ultrapassar. Caímos aqui no erro de estar sempre a dizer que o ciclista tem de facilitar a passagem do carro, indo ao mais possível à direita. Senão estou enganado, o ciclista pode usar a estrada como quiser. É só uma questão de bom senso e respeito é que facilitamos as passagens dos carros. Eu quando me sinto em perigo, meto-me no meio da faixa, e não quero saber se apitam. Só me volto a encostar à direita quando me sinto novamente seguro.
 

cutkiller

Well-Known Member
Isto é mesma situação com as motas e a guerra que também existe.

Atenção que estamos a falar de uma rotunda com uma faixa apenas, e a ultrapassagem já foi feita com o carro a dentro da rotunda.

Não tenho nada contra que no meio do transito um ciclista passe um carro, tal como as motas o sempre fizeram!
Eu sou mais defensivo e não me importo de esperar um pouco, mas também vivo numa zona, onde é rarissimo apanhar situações dessas, por isso a minha paciência é outra :)
 

TiagoLopes

Well-Known Member
Eis a jornalista da RTP, Rita Marrafa de Carvalho:


TNLqBMs.png


Ainda temos um longo caminho a percorrer :/
 

Bernalve

Well-Known Member
Eu por acaso ontem li quase todos os comentários a esse tweet, e felizmente há mais malta a tentar responder-lhe com educação do que o contrário que foram muito poucos. Mas ela consegue depois fazer retweet do pior comentário que recebeu... Essa jornalista estava a procura de pessoas com a mesma opinião dela do que ficar mais informada de quem anda de bicicleta. Sendo que a opinião dela é que os ciclistas incomodam e que não tem tempo para andar de bicicleta. Foi o que tirei disto.
 

TiagoLopes

Well-Known Member
Eu por acaso ontem li quase todos os comentários a esse tweet, e felizmente há mais malta a tentar responder-lhe com educação do que o contrário que foram muito poucos. Mas ela consegue depois fazer retweet do pior comentário que recebeu... Essa jornalista estava a procura de pessoas com a mesma opinião dela do que ficar mais informada de quem anda de bicicleta. Sendo que a opinião dela é que os ciclistas incomodam e que não tem tempo para andar de bicicleta. Foi o que tirei disto.

E bem, pq eu fiquei EXACTAMENTE com a mesma ideia. Ela não tem uma "duvida honesta" pq andar a 20km durante x minutos não é um problema que tenha de ser resolvido. Ponto. Ela parte logo de um pressuposto errado. Tal como tu dizes é andar á procura de quem lhe valide este pensamento retrograda.
 

elchocollat

Well-Known Member
Se no lugar de uma bicicleta fosse um carro, um camião, uma mota... ela teria feito a mesma pergunta?

Se calhar se tivesse feito essa pergunta a ela própria tinha deixado de passar por "burra". Mas provavelmente o que ela queria era ter atividade no twitter..


Era isto que vinha dizer mas por outras palavras.
Gasto imensa energia a ver estes posts e conversas.
Foi fazer figura de burrinha. Opinião honesta.
Leio praticamente tudo e fico com receio de eu (ciclista que se considera amigo do condutor, facilita a passagem, para nos sinais vermelhos, stops e cede passagem, não anda em "bando", etc coiso e tal) ir na minha e vir um burro e achar que tem o direito de vir contra mim.

É verdade que se eu fizer as coisas bem, à partida não acontece nada... Mas não acontece até acontecer. Porque há sempre alguém que aperta um pouco, que ultrapassa comigo na faixa...
Ahhhrrrrggggg que carago.
 

jpacheco

Well-Known Member
@cutkiller concordo plenamente que devemos ter o máximo cuidado possivel. Este fim de semana não andei por isso não estava nesse grupo. Conheço bem a zona e normalmente é ali que terminamos a volta, na rotunda a seguir. Toda essa recta é nossa "meta" e há alturas que se desenvolve umas pequenas picardias para ganhar a "torradeira com vista para o mar". Eu já deixei de me picar sempre que as condições ideais não estejam reunidas, como: "estrada desimpedida".

Não é fácil. Mas é como o @Bernalve diz, em cima da bike facilmente se ultrapassa uns carritos na cidade. E quando ando sozinho também sinto essa facilidade. Normalmente quando vamos em grupo incentivo toda a gente a não o fazer, porque cria muita confusão e ficamos todos dispersos entre os carros. É preferível mantermo-nos todos juntos na mesma ordem de transito, como se todos juntos de um autocarro se trata-se.

Temos que continuar a pregar a boa conduta a comunicarmos com os automobilistas e acima de tudo a sermos cautelosos.
 

cou7inho

Well-Known Member
Eis a jornalista da RTP, Rita Marrafa de Carvalho:


TNLqBMs.png


Ainda temos um longo caminho a percorrer :/
Se a bicicleta entrou à maluca na estrada, na minha opinião, não é lá muito boa atitude por parte do ciclista. Se há coisa que detesto é ver malta a entrar à maluca para uma faixa ignorando completamente o facto de vir ou não alguém nessa faixa.
Agora "como se resolve?" - Resolve-se exatamente da mesma forma se fosse um carro a entrar à maluca em vez de uma bicicleta. Aguentar atrás do veiculo... Quer um "estatuto" especial só porque é uma bicicleta. Farto-me de levar com burros, automobilistas, que se atravessam minha frente e em vez de darem andamento vão ali a morrer. O que é que faço? Ou aguento atrás deles ou ultrapasso-os assim que possivel.

"Têm velocidade mínima na estrada"? - Eu não sei como é nas vossas zonas, mas nas zonas onde eu pedalo as nacionais da vida não têm velocidade mínima...
A história do "ir o mais à direita possível" continua. Podiam era completar com "ir o mais à direita possivel mantendo uma distancia segura da berma/ passeio". Por vontade destas pessoas íamos ali a roçar a roda no passeio, só pode...

Parece que ultimamente as redes sociais amontaram o ódio de estimação pelos ciclistas...
 

cou7inho

Well-Known Member
Fiz uma pequena alteração no teu post :)
O corretor tramou-me :oops:. Queria dizer "Parece que ultimamente nas redes sociais aumentou o ódio de estimação pelos ciclistas...". Se bem que as redes sociais são poços de ódio para tudo e mais alguma coisa.
 

Ganfas

Well-Known Member
Eu nem me estava a referir ao amontoaram, era mesmo só para realçar a parte da frase das redes sociais aumentarem o ódio, seja daquilo que for, não há um meio termo é tudo extremado.
 
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